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Nova Zelândia proíbe tipo de arma usada em ataque

Atentado deixou 50 mortos. Polícia identificou todas as vítimas

Jade Nunes - 21/03/2019 08h14 | atualizado em 21/03/2019 11h04

Primeira-ministra Jacinda Ardern Foto: EFE/ Boris Jancic

A primeira-ministra da Nova Zelândia, Jacinda Ardern, anunciou nesta quinta-feira (21) que seu país proibirá as armas semiautomáticas de estilo militar como as usadas no ataque supremacista da última sexta-feira.

Em um pronunciamento transmitido ao vivo para todo o país, Ardern disse esperar que a nova lei sobre uso de armas esteja pronta no próximo dia 11 de abril, iniciativa que recebeu um amplo apoio popular após o massacre no qual 50 pessoas foram mortas.

– Agora, seis dias após o ataque, vamos anunciar uma proibição de todos os fuzis de assalto e armas semiautomáticas de estilo militar na Nova Zelândia – disse a governante.

– Todas as armas semiautomáticas de estilo militar usadas durante o ataque terrorista na sexta-feira, 15 de março, serão proibidas – completou a premier, observando que o projeto de lei será apresentado ao parlamento no próximo mês de abril.

Além disso, proibirá os carregadores de alta capacidade e as peças utilizadas para que alguns fuzis se transformem em semiautomáticos, como supostamente aconteceu com uma das armas utilizadas durante o ataque às mesquitas.

A proposta legislativa inclui exceções como no controle de pragas e competições internacionais de tiro da polícia e Forças de Defesa.

A reforma propõe uma anistia para aqueles que entregarem suas armas, assim como de um plano de recompra por parte das autoridades, que será anunciado em breve.

Em comunicado, a polícia informou que terminou o processo de identificação de todas as vítimas do ataque atribuído ao australiano Brenton Tarrant, de 28 anos, que disparou contra muçulmanos que rezavam nas mesquitas de Al Noor e Linwood.

– Fizemos tudo o que esteve ao nosso alcance para devolvê-los o mais rápido possível e, ao mesmo tempo, asseguramos que coletamos todas as evidências e informações de que precisamos para um processo criminal – disse o comissário da Polícia, Mike Bush.

Os mortos incluem Mucaad Ibrahim, de 3 anos, o mais jovem de todos os mortos no atentado; e Sayyad Milne, um estudante neozelandês de 14 anos, que foi enterrado nesta quinta no cemitério Memorial Park, no leste de Christchurch.

Também nesta quinta acontece o sepultamento de Haji-Daoud Nabi, afegão de 71 anos que chegou na Nova Zelândia na década de 1970. Ele salvou algumas pessoas durante o ataque à mesquita de Al Noor.

Do total de 50 feridos, 29 ainda estão hospitalizados, dos quais nove permanecem em estado grave, incluindo uma menina de 4 anos, que foi transferida para Auckland.

A Nova Zelândia se prepara para homenagear as vítimas nesta sexta, após uma semana do ataque atribuído ao australiano Brenton Tarrant, de 28 anos, enquanto as mesquitas de Al Noor e Linwood abrem suas portas para as costumeiras orações de sexta-feira.

*Com informações da Agência EFE

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