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Nova quarentena na capital chilena gera críticas ao governo

Restrições e confinamento começarão neste fim de semana

Pleno.News - 11/06/2021 14h34 | atualizado em 11/06/2021 14h49

Santiago, Chile Foto: EFE/Alberto Valdes

O anúncio da quarentena total em Santiago, capital do Chile, pela terceira vez desde o início da crise sanitária, levantou nesta sexta-feira (11) vozes críticas contra as restrições e o confinamento que começarão neste fim de semana, coincidindo com as eleições regionais.

O Serviço Eleitoral chileno (Servel) afirmou que esta medida “não ajuda exatamente ao comparecimento dos eleitores às urnas” no segundo turno para eleger os governadores das 16 regiões do país.

– Convidamos as pessoas que participem com tranquilidade e segurança. Existem pessoas que associam a quarentena a um cenário de maior risco, mas os locais de votação são seguros – disse o diretor nacional do Servel, Raúl García.

Embora seja a primeira vez que os chilenos poderão eleger suas autoridades regionais (antes escolhidas pelo presidente), espera-se uma baixa participação do povo nas urnas, já que a eleição ocorre durante um novo surto de Covid-19, principalmente na capital, que reúne quase 6 dos 13 milhões de eleitores chilenos.

A pandemia pode agravar uma abstenção já crônica. Desde que o voto passou a ser voluntário, em 2012, a participação popular nunca ultrapassou 50%, exceto no plebiscito constitucional de 2020 (51%).

As críticas às restrições partiram dos setores mais conservadores do partido no poder, que pediram o fim das quarentenas e do estado de exceção, regime que está em vigor desde março de 2020 e que permite a manutenção do toque de recolher, militarização das ruas e imposição de confinamentos.

– Devemos continuar a cuidar de nós mesmos, mas a saúde mental e a economia já foram atingidas o suficiente. Chega de quarentenas – tuitou Javier Macaya, líder do partido União Democrática Independente (UDI).

– O presidente Piñera está extrapolando seus poderes ao usar o estado de emergência e as Forças Armadas para assuntos que nada têm a ver com a pandemia – denunciou o deputado esquerdista da Revolução Democrática Jorge Brito, que também criticou a medida.

Desde março, o Chile vem sofrendo com uma grave segunda onda da pandemia que elevou novos casos diários a recordes históricos, forçando, em abril, o confinamento de mais de 90% da população e, nas últimas semanas, aumentou a pressão sobre as UTIs, com 95% de seus leitos ocupados.

*Com informações da Agência EFE

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