Nova Iorque quer fim da pena de morte após texto do papa
O governador do estado, Andrew Cuomo, declarou que a pena de morte é moralmente indefensável
Jade Nunes - 02/08/2018 15h25 | atualizado em 02/08/2018 15h26
O governador de Nova Iorque, Andrew Cuomo, afirmou nesta quinta-feira (2) que promoverá a anulação da pena de morte em nível estatal nos Estados Unidos “em solidariedade com o papa Francisco”, que declarou a condenação “inaceitável” e anunciou o compromisso da Igreja com sua abolição.
– Ao declarar a pena de morte inadmissível em todos os casos e ao trabalhar para pôr fim a esta prática em nível global, o papa Francisco está abrindo caminho para um mundo mais justo para todos – afirmou Cuomo em comunicado enviado hoje à imprensa.
– A pena de morte é moralmente indefensável e não acontece no século XXI – acrescentou o governador.
Nova Iorque não executa um réu desde 1963, um estado que aboliu e voltou a instaurar a pena de morte várias vezes ao longo da sua história.
A última vez que foi reinstaurada foi em 1995 quando o governador George Pataki cumpriu uma de suas promessas eleitorais, mas em 2004 o decreto foi declarado inconstitucional pelo Tribunal Estadual de Apelações, a mais alta corte nova-iorquina, e em 2007 a última pena capital foi reduzida à prisão perpétua.
Andrew é o filho do antigo governador de Nova Iorque Mario Cuomo, que durante anos lutou pela anulação da pena capital nos EUA.
– A decisão do papa valida a posição ética do meu pai contra a pena de morte – ressaltou o atual governador, descrevendo a condenação como uma “feia mancha na história” dos EUA.
Um total de 31 estados dos 50 do país continuam utilizando a pena de morte, assim como o governo em nível federal e o Exército americano.
*Com informações da Agência EFE
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