Camille Dornelles - 19/11/2018 10h39

O assassinato do jornalista saudita Jamal Khashoggi dentro do consulado da Arábia Saudita em Istambul, Turquia, ganhou mais um capítulo nesta segunda-feira (19). De acordo com o jornal turco Hürriyet, o grupo apontado como responsável tentou forçar a vítima a enviar uma mensagem para o filho Salah.

A publicação fala sobre informações contidas em gravações do momento do crime e levanta a suspeita de que o herdeiro seria usado como álibi dos criminosos.

O jornal afirma saber que, antes do fato, a equipe já tinha entrado em contato com Salah Khashoggi. Ele apareceu publicamente no dia 23 de outubro apertando a mão do príncipe herdeiro da Arábia Saudita, Mohammed bin Salman.

Dois dias mais tarde, Salah Khashoggi deixou a Arábia Saudita e viajou para os Estados Unidos.

ACUSAÇÕES CONTRA O PRÍNCIPE DA ARÁBIA SAUDITA
O príncipe herdeiro chegou a ser apontado, na última sexta-feira (16), como o principal responsável pelo assassinato. As acusações foram publicadas nos jornais The New York Times e The Washington Post e atribuídas ao serviço de inteligência da CIA.

O presidente norte-americano Donald Trump, no entanto, que vive um embate com esses jornais e os acusa de disseminarem fake news, afirmou que irá investigar o relatório. Trump não acusou as publicações de mentirem, mas declarou que as conclusões da agência de inteligência podem ser “precipitadas”.

– Temos de falar muito sobre este assunto. Porque temos uma excelente relação com a Arábia Saudita. Eles nos deram muitos negócios e ajudaram a desenvolver nossa economia – declarou Trump no sábado.

*Com informações da Agência EFE

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