Camille Dornelles - 09/11/2018 11h40

Nesta sexta-feira (9), o Centro de Conservação Ukutula, em Petrória, África do Sul, confirmou o sucesso dos primeiros leões concebidos por inseminação artificial. Os irmãos Victor e Isabel estão com dois meses e são monitorados pelos pesquisadores da reserva.

Os veterinários fizeram exames e testes para confirmar que os dois filhotes nasceram saudáveis e sem deformações. Eles foram batizados em homenagem aos pesquisadores.

– Não são leões de proveta, já que não usamos técnicas in vitro. Isto quer dizer que não é necessário submeter o animal a uma cirurgia para aplicar a técnica, mas, certamente, temos que fazer com sedação porque estamos falando de leões – afirmou a veterinária Isabel Callealta, da Universidade de Petrória.

Ela explicou que os felinos ovulam geralmente só quando há um macho perto ou, mais especificamente, quando há copulação. Assim, o aumento da população de leões precisa também de uma logística de aproximação entre machos e fêmeas.

– Se os inseminamos não há copulação, por isso não vão ovular naturalmente. Não só é preciso desenvolver um protocolo de inseminação artificial, mas, além disso, é preciso desenvolver um para fazê-los ovular – completou.

A população de leões cresce lentamente na África do Sul graças às reservas naturais nacionais e privadas, mas, no resto do mundo os números retrocedem. Estima-se que a população mundial, que em torno de 1800 era de 1,2 milhão de exemplares, caiu 98% nos últimos dois séculos.

*Com informações da Agência EFE

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