NASA investiga caso de roubo de identidade no espaço
Situação envolve acesso a registros bancários envolvendo duas astronautas
Paulo Moura - 26/08/2019 09h14
A NASA está investigando o que poderia ser chamado de primeiro caso de crime espacial da história. O fato em si não é nada que suscite lembranças aos filmes de ficção científica, mas se refere a uma astronauta que teria acessado indevidamente os registros financeiros da companheira enquanto esteve a bordo da Estação Espacial Internacional.
As duas, supostamente passaram o último ano envolvidos em um processo de separação, além de uma disputa sobre a guarda de uma criança, segundo o jornal New York Times. Summer Worden, ex-oficial de inteligência da Força Aérea, começou a investigar quem acessou seus registros bancários pessoais depois de descobrir que sua parceira, a astronauta e veterana do Exército, Anne McClain, de alguma forma sabia de suas compras recentes, apesar de estar em uma missão de seis meses no espaço.
Segundo a matéria do Times, o banco de Worden confirmou que alguém havia acessado sua conta a partir de uma rede de computadores registrada na NASA. Embora pareça que ninguém mexeu no dinheiro, Worden registrou queixas junto ao FTC (Comissão Federal de Comércio) e ao Escritório do Inspetor-Geral da NASA, acusando sua esposa de roubo de identidade, entre outras queixas. Mais tarde, McClain reconheceu que havia acessado a conta a partir da estação espacial, de acordo com o jornal.
Pouco antes de McClain voltar para a Terra em junho, os pais de Worden enviaram uma carta ao Escritório do Inspetor-Geral da NASA chamando toda a situação de “campanha altamente calculada e manipuladora” da parte de McClain para obter a guarda da criança, segundo o Times. Ao New York Times, a NASA e outros especialistas disseram que esta é a primeira vez que se tem registro de um crime supostamente cometido no espaço.
Leia também1 Governo interino busca apoio por sanções contra Maduro
2 Merkel elogia ações do Brasil em combate às queimadas
3 G7 vai ajudar países atingidos pelas queimadas na Amazônia