Musk retaliará republicanos que apoiarem plano fiscal de Trump
"Perderão suas primárias no ano que vem, mesmo que seja a última coisa que eu faça nesta Terra", prometeu empresário
Pleno.News - 01/07/2025 10h15 | atualizado em 01/07/2025 11h27

O empresário Elon Musk advertiu nesta segunda-feira (1°) aos congressistas do Partido Republicano que “perderão suas primárias no ano que vem” se apoiarem o megaprojeto de lei orçamentária e de cortes fiscais que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, quer ratificar nesta semana.
Musk renunciou, no final de maio, ao cargo de responsável por eficiência na Casa Branca em meio a desentendimentos com Trump sobre esse projeto de lei. O chefe da Tesla e da SpaceX considera que o projeto aumentará a dívida pública americana, algo que ele voltou a argumentar hoje em sua conta no X.
– Cada membro do Congresso que fez campanha para reduzir os gastos governamentais e imediatamente votou pelo maior aumento da dívida da história, deveria cair a cara de vergonha. E perderão suas primárias no ano que vem, mesmo que seja a última coisa que eu faça nesta Terra – escreveu.
Musk, que parece ter resolvido sua disputa pessoal sobre este tema com Trump, deixou claro que continua em desacordo com o projeto de lei, e inclusive mencionou nominalmente dois congressistas da Câmara dos Representantes que podem ser chave para que o documento avance.
– Como vocês podem se chamar de Caucus da Liberdade se votam por um projeto de lei de ESCRAVIDÃO DE DÍVIDA com o maior aumento do teto da dívida da história? – publicou o empresário, em uma mensagem dirigida aos representantes Andy Harris, do estado de Maryland, e Chip Roy, do Texas.
O Senado está imerso no processo de emendas à iniciativa, que contém elementos-chave da agenda de Trump, como cortes de impostos e gastos públicos, e maiores fundos para defesa e controle migratório. Não está claro se todos os 53 senadores republicanos, correligionários do presidente, a apoiarão.
No último domingo (29), um dos congressistas relutantes ao projeto, o senador Thom Tillis, da Carolina do Norte, desistiu de buscar a reeleição após se opor publicamente e provocar críticas de Trump.
Uma vez superado o trâmite no Senado, a norma deve retornar novamente à Câmara, onde também é incerto se os congressistas republicanos, que também detêm uma pequena maioria na Casa, aprovarão todas as modificações antes de 4 de julho.
*EFE
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