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Mulher com mutações genéticas não sente dor, medo e ansiedade

Jo Cameron ainda se cura 30% mais rápido que as demais pessoas

Thamirys Andrade - 01/06/2023 12h30 | atualizado em 01/06/2023 13h15

Jo Cameron Foto: Arquivo pessoal / UCL / Reprodução

Uma mulher escocesa foi diagnosticada com duas mutações genéticas raras que afastam as sensações de dor, ansiedade, medo, estresse ou depressão, e fazem com que ela se cure até 30% mais rápido. Jo Cameron, de 75 anos, é atualmente a única pessoa do mundo que possui a combinação dessas duas mutações e tem sido alvo de estudos da University College London (UCL) e da Universidade de Oxford.

Segundo informações da BBC, os médicos passaram a investigar o caso de Jo em 2013, após ela passar por uma cirurgia de artrite na mão e não sentir dor alguma.

– Fui operada por conta de uma artrite na mão. Conversei com o anestesista e ele disse que a operação seria muito, muito dolorosa, e que eu sentiria muita dor depois dela. Eu disse: “Não vou sentir, eu não sinto dor” – relatou a escocesa.

Intrigado, o médico disse que isso não era comum e a encaminhou a geneticistas da UCL e de Oxford. Após seis anos avaliando seu DNA, os especialistas concluíram que Jo possui mutações no gene FAAH-OUT, inibindo sensações como medo e dor. Essa mesma alteração genética afeta o gene FAAH, também ligado à dor, ao humor e à memória.

Além disso, as alterações genéticas ainda fazem com que suas células se curem de 20 a 30% mais rápido, o que foi descrito como “incrível” pelo professor Andrei Okorokov, da UCL.

– A mutação exclui parte do gene FAAH-OUT e o desliga. Jo também tem outra mutação no gene FAAH. Até agora, não conhecemos mais ninguém no mundo que carrega ambas as mutações – explicou ele.

Apesar das vantagens que tais mutações podem trazer, elas também podem ser perigosas, visto que a dor serve como um alerta em caso de riscos ao corpo e à vida. Jo, por exemplo, costuma queimar-se no fogo ao cozinhar e só perceber quando sente o cheiro de sua pele queimada.

– Trabalhamos com outros pacientes que também não sentem dor por terem mutações em outros genes e, às vezes, eles sofrem lesões graves – explicou James Cox, coautor do estudo conduzido na UCL.

Jo também conta que está sujeita a sentir emoções negativas quando coisas ruins acontecem, mas ela se recupera rapidamente e passa a buscar soluções.

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