Jade Nunes - 23/12/2017 15h13 | atualizado em 23/12/2017 17h49

Centenas de muçulmanos assaltaram um templo cristão na província da Gizé, a cerca de 50km do Cairo, e feriram quatro fiéis após rumores de que uma cruz e um sino seriam instalados no local.

Os assaltantes se reuniram depois da reza de sexta-feira numa mesquita próxima e chegaram ao templo gritando “Alahu akbar” (Deus é grande) e “vamos destruir as igrejas”.

O Templo de São Teodoro, no povoado de Kafr Al Waslin, foi construído em 2001 e, atualmente, cerca de 1.500 cristãos frequentam o local.

Segundo o padre Murqus Edurad, ao longo destes anos a permissão para colocar a cruz não foi dada por “razões de segurança”, mas depois de o Parlamento egípcio aprovar no ano passado uma lei para a construção de igrejas, ele apresentou o pedido para regularizar o espaço.

De acordo com Ibrahim Salah, um jovem cristão de Kafr Al Waslin, a região está com a segurança reforçada e a polícia está em busca dos envolvidos.

No Egito há pelo menos 5 mil igrejas e os cristãos representam quase 10% da população do país, calculada em 92 milhões de habitantes.

Apesar dos números, há décadas a construção de igrejas costuma gerar violência, o que faz com que muitas localidades com população cristã não tenha este tipo de templo.

*Com informações da Agência EFE

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