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Mortes na Colômbia levantam suspeitas sobre Odebrecht

Auditor financeiro de obras no país e seu filho morreram no início do mês

Camille Dornelles - 22/11/2018 10h58 | atualizado em 27/11/2018 09h16

Os casos de corrupção na empreiteira brasileira Odebrecht desenrolaram investigações em outros países, como Colômbia, Argentina, Bolívia e Peru. Nesta semana, colombianos foram às ruas protestar contra os casos de corrupção e também por causa de duas mortes suspeitas.

As mortes, ocorridas nos dias 8 e 11, levantaram perguntas sobre a empresa brasileira. O engenheiro Jorge Enrique Pizano sofreu um infarto e seu filho Alejandro Pizano teve envenenamento por cianureto.

O engenheiro era testemunha-chave de um escândalo de corrupção. Entenda mais sobre o caso.

COMO FORAM AS MORTES
Jorge Pizano estava em sua casa, em Bogotá, e sofreu o ataque cardíaco enquanto se barbeava. Alejandro, que estava em Barcelona, na Espanha, voltou à Colômbia para o funeral.

Três dias depois, no escritório da residência do pai, onde revia alguns pertences, bebeu de uma garrafa d’água que encontrou na escrivaninha e desmaiou. Aos 31 anos, teve uma parada cardíaca e morreu enquanto era levado ao hospital. Posteriormente, legistas apontaram que a causa da morte foi ingestão de cianureto que estava na água.

QUEM ERA JORGE ENRIQUE PIZANO
O engenheiro era auditor financeiro da concessão das obras de construção da rodovia Ruta del Sol 2 representando o Grupo Aval, uma das maiores empresas do país e parceira da Odebrecht no projeto. Era tido como testemunha-chave por ter atuado como auditor.

Três meses antes de sua morte, ele deu uma entrevista à rede de televisão Canal Uno, na qual acusou autoridades de saberem de irregularidades na licitação para a construção da Ruta del Sol. A outra publicação, a revista Semana, escreveu uma carta na qual disse temer ser assassinado.

O QUE É A RUTA DEL SOL
É uma grande rodovia em construção e que, quando estiver concluída, ligará o centro ao norte da Colômbia.

QUEM SÃO OS ENVOLVIDOS NA OBRA
A construção do trecho 2 foi concedida a um consórcio liderado pela Odebrecht e cujo financiamento foi realizado pela Corficolombiana, cujo sócio majoritário é o Grupo Aval. Luis Carlos Sarmiento Ángulo, um dos homens mais ricos da Colômbia, é proprietário do Grupo Aval.

Na época em que explodiu o escândalo de pagamento de propinas por parte da Odebrecht, o advogado dele era Néstor Humberto Martínez, atualmente o procurador-geral da Colômbia.

DE ONDE VEIO O CIANURETO
Os investigadores encontraram um recipiente com um quilo de cianureto, que estava debaixo da pia de um banheiro. Porém, como o cianureto chegou até a garrafa é a grande incógnita sobre o caso.

*Com informações da Agência EFE

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