Gabriela Doria - 30/01/2018 10h00 | atualizado em 30/01/2018 12h05

“A luz se foi de nossas vidas”. Assim foi anunciada a morte de Mohandas Karamchand Gandhi, também conhecido como Mahatma Gandhi, em 30 de janeiro de 1948. O pronunciamento foi feito pelo então primeiro-ministro da Índia, Jawaharlal Nehru, através do rádio. O líder pacifista foi morto a tiros pelo ultranacionalista hindu Nathuram Godse.

Mahatma Gandhi foi assassinado porque Godse estava descontente com a liberação de recursos da Índia para o Paquistão. Antes disso, ele era um aliado fiel de Gandhi. Na época, os dois países recém-independentes iniciavam a guerra pela região da Caxemira.

Conhecido por empunhar a bandeira da não violência (satyagraha), o líder político nasceu em uma família da alta casta indiana. Ele se formou em direito na University College London e usou sua profissão para defender minorias. Entretanto, seu ativismo começou depois que ele passou um período na África do Sul, onde lutou pela inclusão de hindus na sociedade africana.

As formas pacíficas de protesto defendidas por Gandhi iam desde não revidar e nem se defender da violência policial, por exemplo, até greves de fome. Essa última ficou conhecida como uma de suas principais técnicas. De acordo com o líder, essas estratégias levariam à independência da Índia, o que de fato aconteceu, em 1947.

O legado de Gandhi ultrapassou fronteiras e inspirou outros líderes tão importantes quanto ele. Nos Estados Unidos, por exemplo, Martin Luther King utilizou da não violência para lutar contra a segregação racial. Já Nelson Mandela defendeu o fim do Apartheid com base nesses princípios. Até hoje, ele é um ícone na defesa das minorias, tanto na Índia quanto no mundo.

Leia também1 Morte de Winston Churchill completa 53 anos
2 Ex-nazista condenado por 300 mil mortes pede clemência
3 Lego lança versão do Taj Mahal com quase 6 mil peças