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Moçambique: Pastor relata estragos causados por ciclone

O Jeferson Antônio Miguel já conseguiu voltar para o Brasil

Ana Luiza Menezes - 20/03/2019 20h53

Em entrevista ao portal G1, o pastor brasileiro Jeferson Antônio Miguel, da Igreja Metodista, falou sobre a destruição provocada pelo ciclone Idai. O fenômeno atingiu o sul do continente africano, no último dia 14, deixando grandes estragos no Malauí, Zimbábue e Moçambique.

Jeferson, que também é vereador de Brodowski, em São Paulo, esteve em Moçambique, no período da chegada do ciclone. Só nesse país foram confirmadas mais de 200 mil mortes.

– Foi terrível. O que me impressionou foi que eu passei lá três dias depois do ciclone e não tinha um bombeiro na rua, um policial. Não tinha exército. Não tinha ninguém orientando as pessoas. O povo de Beira está jogado à própria sorte – relatou.

Segundo ele, a própria população está unida e organizada para remover as árvores das ruas e limpar as casas. Sua presença no país se deve ao fato de participar de um projeto chamado Iluminando Vidas, que ajuda crianças carentes.

O pastor tirou fotos, registrando a catástrofe que viu. Segundo ele, tanto casebres como hotéis e casas luxuosas foram prejudicadas. Ele estava na cidade de Beira e conseguiu embarcar para a África do Sul no domingo.

Enquanto esteve em meio ao caos, ele contou que ficou sem energia elétrica, internet e linhas telefônicas. Para ele é necessário que ajuda internacional seja enviada, pois a tendência é que a situação piore depois do que aconteceu.

– O que já era precário, vai virar o caos. Eles não vão reconstruir tão fácil. Lá já tem muito assalto, muita violência. Vai virar uma loucura – avaliou.

Junto com seu grupo, Miguel só conseguiu voltar para São Paulo, na noite de terça-feira. Ele garante que não vai abandonar o povo da cidade e que continuará ajudando.

AJUDA OFICIAL
Nesta quarta-feira (20), a Organização das Nações Unidas (ONU) aprovou envio de 20 milhões de dólares (cerca de R$ 75 milhões) para ajudar as vítimas do Idai. A União Europeia também anunciou apoio de 3,5 milhões de euros (R$ 15 milhões) para os três países afetados pelo ciclone.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) anunciou envio de médicos para Moçambique, Zimbábue e Malaui. Segundo o órgão, o carregamento enviado será suficiente para atender 10 mil pessoas durante três meses, incluindo para pacientes em estado grave.

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