Moçambique inaugura maior ponte suspensa da África
A obra foi uma parceria com o governo chinês e levantou críticas
Camille Dornelles - 10/11/2018 16h43 | atualizado em 10/11/2018 17h58

O presidente de Moçambique, Filipe Nyusi, inaugurou, neste sábado (10), a maior ponte suspensa da África. Com uma extensão de três quilômetros, ela foi 95% financiada pela China e liga a capital Maputo ao distrito de Catembe.
– Hoje é um dia sem igual para nossa história. O sonho dos ex-presidentes Samora Machel, herdado sabiamente por Joaquim Chissano, e iniciado por Armando Guebuza, se tornou realidade – afirmou Nyusi durante a inauguração.
Trata-se da infraestrutura mais cara já construída no país desde que se tornou independente, em 1975. Em troca do financiamento e também de mão-de-obra chinese, o governo da China poderá arrecadar o dinheiro dos pedágios do trecho.
Ao todo trabalharam 3,8 mil moçambicanos e 450 chineses, assim como 50 engenheiros e consultores de países como Alemanha, Inglaterra, Rússia e Grécia.
CRÍTICAS
O alto custo da obra, 785 milhões de euros (R$ 3,32 bilhões), levantou críticas de alguns políticos e economistas do país. Eles alegam que a ponte exigirá muito dinheiro de manutenção e pode aumentar a dívida pública de Moçambique.
Segundo o Fundo Monetário Internacional (FMI), a dívida pode chegar a 130,7% de seu PIB em 2022.
*Com informações da Agência EFE
Leia também1 China inaugura a maior ponte marítima do mundo
2 Taiwan sugere plano polêmico para aumentar natalidade
3 Rio ganhará roda-gigante no Porto Maravilha em 2019