Ministro: “Sanções vão gerar mudanças na Venezuela”
Para Ernesto Araújo, é preciso manter "pressão diplomática" contra o governo de Nicolás Maduro
Henrique Gimenes - 01/02/2019 20h57 | atualizado em 01/02/2019 21h35
Nesta sexta-feira (1º), o ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, afirmou que “sanções específicas” poderiam “acelerar mudanças políticas” na Venezuela. A declaração foi dada durante uma entrevista coletiva para falar da situação no país vizinho.
O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, assumiu seu segundo mandato no dia 10 após uma eleição contestada em maio do ano passado. A oposição decidiu não participar e acusou o pleito de ser fraudado. Pouco depois da posse, o presidente da Assembleia venezuelana, Juan Guaidó, se declarou presidente interino do país. Ele foi reconhecido como líder da Venezuela por diversos governos, inclusive o Brasil.
Para o chanceler brasileiro, a Venezuela passa por uma “situação de genocídio silencioso” e, de acordo com ele, o caminho para Maduro é “a porta da rua”. Ernesto Araújo ressaltou que é preciso continuar a aplicar pressão diplomática no governo vizinho.
– Sanções específicas podem ajudar a acelerar mudanças políticas. No caso específico, teríamos que ver se sanção seria compatível com legislação brasileira e se seria útil realmente para acelerar a transição. Então, é algo que não dá para ver em abstrato. Mas o principal é a pressão diplomática continuada em favor da transição democrática – ressaltou.
Nesta quinta-feira (31), o vice-presidente, Hamilton Mourão, chegou a dizer que o Brasil poderia adotar “pequenas sanções” contra Maduro.
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