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Ministro da Saúde africano não vê “sentido” em suspender voos

Para Joe Phaahla, fechar fronteiras com África do Sul é alternativa "draconiana"

Thamirys Andrade - 26/11/2021 16h32 | atualizado em 26/11/2021 17h08

ministro da Saúde da África do Sul, Joe Phaahla
Ministro Joe Phaahla Foto: Reprodução / Youtube

O ministro da Saúde da África do Sul, Joe Phaahla, criticou, nesta sexta-feira (26), a decisão de países em suspender voos com origem no país, após o surgimento de uma nova variante do coronavírus com grande número de mutações. Em sua avaliação, a reação é “sem sentido” e “draconiana”.

– Esse tipo de reação automática não faz sentido, porque muitos dos países que vieram com esse tipo de reação draconiana estão eles próprios batalhando com a 4ª onda – assinalou Phaahla.

Phaahla considera uma “abordagem errada” o ato de relacionar essa “variante em particular a um país em particular”. Ele frisou que a nova cepa já foi identificada também em Israel, Bélgica e Hong Kong.

– No final das contas […], quando você identifica uma certa variante em certo país, você não sabe de onde ela veio. No momento em que ela é encontrada no país “A”, você não sabe onde começou e nem sabe naquele momento em quantos outros lugares em um país e em outros países, em quantos outros lugares essa determinada variante já está existindo – argumentou.

Phaahla também buscou minimizar a ameaça da nova cepa, lembrando que ainda não há informações sobre a gravidade que a variante pode ter.

– Ontem o que os cientistas estavam relatando, estavam indicando, que pode ser aparentemente, talvez, possa ser mais transmissível, por causa das mudanças [mutações], mas, em termos de se [tem] mais virulência, causando doença mais grave, essa parte, não havia indicação disso.

No Brasil, não há voos diretos para a África do Sul. Ainda assim, a Anvisa recomendou que o governo restrinja voos de viajantes que passaram pela África do Sul, Botsuana, Eswatini, Lesoto, Namíbia e Zimbábue.

OMICRON
Batizada de B.1.1.529 ou Omicron, a nova cepa assusta por possuir um “número extremamente alto” de mutações, e já é motivo de alerta para autoridades globais.

Em reunião emergencial com especialistas nesta sexta-feira (26), a OMS decidiu incluir a B.1.1.529 na lista de “variantes preocupantes” e monitorará seu avanço pelo mundo.

Omicron possui 50 mutações a mais que a versão detectada em Wuhan, no início da pandemia, sendo 30 delas na proteína spike, responsável pela transmissão do vírus para as células humanas.

Até o momento, a cepa é responsável por 100 casos confirmados na África do Sul. Ela também foi detectada em viajantes na Bélgica, em Israel e em Hong Kong.

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