Ana Luiza Menezes - 22/11/2018 21h21 | atualizado em 23/11/2018 08h01

A chefe da pasta de Educação na Alemanha, Anja Karliczek, criticou a decisão das autoridades do país quanto a legalização do casamento entre pessoas do mesmo sexo. Como resultado, parlamentares consideraram suas declarações como discriminatórias.

Para Anja, a decisão foi precipitada. Ela defende que não havia pesquisas que mostram os efeitos causados em crianças criadas por casais homoafetivos.

– Acho que a maneira como fizemos isso [legalizar o casamento gay] não estava certa – disse ela a uma emissora alemã.

Diante do posicionamento de Anja, a ministra para Família, Idosos, Mulheres e Jovens, Franziska Giffey, afirmou que existem estudos sobre filhos de casais homossexuais.

– O que conta é que as pessoas cuidem de seus filhos com amor – alegou Franziska.

Anja é ministra da Educação e é vinculada ao partido União Democrata Cristã (CDU), que é o mesmo da chanceler Angela Merkel. Embora as críticas dela sejam recentes, a Alemanha aprovou o matrimônio homoafetivo no ano passado.

Segundo o jornal alemão Deutsche Welle, a ministra também foi criticada por Doris Achelwilm, do partido A Esquerda, que a acusou de “negar a realidade”. O alemão Sven Lehmann, do Partido Verde, também se pronunciou contra as declarações de Karliczek afirmando que suas “declarações discriminatórias” causariam o sofrimento de crianças.

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