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Militares podem assumir combate à Covid-19 em Israel

País tem mais de 4,8 mil infectados e 17 mortos

Gabriela Doria - 31/03/2020 18h25

Forças Armadas podem assumir controle da luta contra a Covid-19 em Israel Foto: EFE/Abir Sultan

É hora de as forças de segurança tomarem as rédeas do combate ao novo coronavírus. Há cada vez mais vozes em Israel que pregam isso em meio à pandemia da Covid-19, que contabiliza mais de 4,8 mil infectados e 17 mortos no país.

Os que defendem a ideia afirmam que militares e agentes de segurança são, em geral, mais preparados e eficientes do que autoridades civis do Ministério da Saúde para lidar com situações de crise em um país acostumado a enfrentar guerras, conflitos e terrorismo.

Uma diretriz do próprio Ministério da Saúde, aprovada em 2007, estipula que, no caso de uma epidemia significativa, o controle deve passar para a Autoridade Nacional de Emergência (ANE), órgão vinculado ao Ministério da Defesa.

A ANE seria, então, a responsável por coordenar todas as instituições, órgãos e ministérios em momentos de emergência, com ajuda do Comando de Retaguarda das Forças de Defesa de Israel, a unidade do exército israelense responsável pela defesa civil dentro das fronteiras do país.

Esse plano ainda não foi posto em prática, e embora as forças de segurança já estejam envolvidas no esforço nacional contra a Covid-19, a responsabilidade ainda é do Ministério da Saúde. As decisões consideradas mais importantes estão sendo tomadas pessoalmente pelo primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu.

Segundo interlocutores, no entanto, o ministro da Defesa, Naftali Bennet, está fazendo pressão por um maior envolvimento das forças de segurança no enfrentamento da pandemia.

Isso pode acontecer se o premiê anunciar medidas ainda mais drásticas de isolamento social. Atualmente, as regras já são severas. Os cidadãos não podem se afastar mais de 100 metros de suas casas sob pena de receber multas. Há poucas exceções, como ir trabalhar (em funções consideradas essenciais), comprar comida ou remédio, receber tratamento médico ou ajudar os necessitados.

Para assegurar que as medidas sejam seguidas, principalmente por comunidades que têm desrespeitado mais o isolamento, como ultraortodoxos (extremamente religiosos), o Exército se diz preparado.

– As Forças de Defesa de Israel estão prontas para fechar completamente o país. Temos sete batalhões à disposição para isso. Eu não gostaria de ver fotos de soldados impondo o isolamento, mas, se não houver escolha, faremos isso – disse o ministro da Defesa.

Para Ran Reznik, colunista de ciência do jornal Israel Hayom, o primeiro-ministro e o Ministério da Saúde estão gerenciado a situação de maneira responsável. Mas, recentemente, surgiram problemas com o aumento dos casos de infecção.

– O Ministério da Defesa já deveria ter o comando e o controle completos da luta nacional contra o coronavírus. A solidariedade civil não parece ser suficientemente eficaz, e devem ser tomadas medidas adicionais para garantir o isolamento social e a permanência nos lares – afirmou.

Centenas de soldados armados já se uniram à polícia para impor as restrições que estão em vigor agora. Antes, as forças armadas haviam dito que não mobilizariam tropas. A medida pode ser o primeiro passo para o bloqueio nacional completo.
Nesse caso, o Exército enviaria algo em torno de 3 mil soldados para ajudar a polícia a patrulhar as ruas. Como parte dos preparativos para o fechamento, mais de 2,2 mil reservistas foram convocados.

*Folhapress

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