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Milhares de pessoas marcham na Argentina contra o aborto

De acordo com organizador do evento, só em Buenos Aires havia mais de 100 mil cidadãos

Jade Nunes - 26/03/2018 09h21 | atualizado em 26/03/2018 11h52

Milhares de cidadãos participam da Marcha pela Vida, na Argentina Foto:EFE/Osvaldo Fanton

Milhares de pessoas marcharam neste domingo (25), em Buenos Aires e outras cidades da Argentina, contra o projeto que pretende legalizar a interrupção voluntária da gravidez, coincidindo com a comemoração do Dia do Nascituro.

– Essa é a reação das pessoas que defendem a vida na Argentina. Nós nos encarregamos de juntar todas as organizações que trabalham pela vida e calculamos por baixo que aqui há mais de 100 mil pessoas, mas há 250 marchas na Argentina – disse à imprensa Alejandro Geyer, coordenador nacional da manifestação.

A Campanha Nacional pelo Direito ao Aborto Legal, Seguro e Gratuito na Argentina apresentou, no início de março, um projeto de lei que pretende descriminalizar a interrupção voluntária da gravidez. O projeto veio após o presidente do país, Mauricio Macri, que é contra o aborto, pedir que o debate fosse aberto no Congresso.

A iniciativa tem o apoio de 71 deputados de diferentes posturas políticas e estabelece que toda mulher tem direito a interromper sua gravidez durante as primeiras 14 semanas. Após esse prazo, o procedimento só estaria permitido nos dois casos já contemplados pela lei (evitar riscos à saúde da mulher ou quando a gravidez é fruto de um estupro), e se houver malformações fetais graves.

– Quando as eleições foram convocadas, disseram que eram a favor da vida, da família, e nenhum deputado nem senador dizia que era a favor do aborto, e agora a surpresa é que muitos estão a favor do aborto e para nós isso foi uma fraude. Queremos um país onde não haja lei do aborto, que é um homicídio, matar uma criança indefesa que tem direito de viver – ressaltou Geyer.

A Igreja Católica também organizou atividades em todo o país e em outros casos se uniu a outras manifestações convocadas pela sociedade civil.

Embora seja a sétima vez que a iniciativa chega ao Parlamento, onde nunca prosperou, agora há grande expectativa porque Macri deu liberdade de consciência aos legisladores de seu partido e os pediu que abordem a descriminalização, assunto que há anos divide a sociedade.

*Com informações da Agência EFE

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