Pierre Borges - 25/03/2021 13h35 | atualizado em 25/03/2021 14h14

O México receberá, no próximo domingo (28), 1,5 milhão de vacinas contra Covid-19 da farmacêutica AstraZeneca e produzidas nos Estados Unidos, como resultado de um acordo entre os governos mexicano e americano, informou nesta quinta-feira o ministro das Relações Exteriores, Marcelo Ebrard.

– No domingo, às 21h (hora local), 1,5 milhão de doses da vacina da AstraZeneca chegam dos Estados Unidos – anunciou Ebrard em suas redes sociais, comemorando que México e Estados Unidos estão “juntos contra Covid-19”.

O chanceler mexicano agradeceu também ao secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, por “tornar possível esta primeira remessa, mostrando o bom relacionamento” entre os presidentes Andrés Manuel López Obrador e Joe Biden.

No último dia 18, os dois governos fecharam um acordo para que o México tenha acesso às vacinas da AstraZeneca produzidas nos EUA, país que ainda não autorizou o uso do medicamento britânico, do qual possui um estoque de sete milhões de doses.

As 1,5 milhão de doses de vacinas que chegarão no domingo são a primeira remessa das 2,7 milhões que os Estados Unidos prometeram enviar, país que até agora não compartilhou vacinas com nenhuma outra nação.

Esse acordo coincidiu com as restrições que o México impôs em sua fronteira sul com a Guatemala para conter a pandemia e a migração em direção aos Estados Unidos.

Em entrevista coletiva hoje no estado de Campeche, López Obrador disse que irá “reforçar todo o plano de vacinação nestes dias” com mais vacinas e a participação de “todos os órgãos” do Governo Federal.

Na véspera, anunciou que mais membros do Exército seriam alocados na logística de vacinação, instituição que também é responsável pela construção das grandes obras de infraestrutura do governo López Obrador.

Até agora, 6,1 milhões de doses foram administradas, principalmente para adultos com mais de 60 anos e profissionais da saúde.

Com 2,2 milhões de infecções confirmadas e quase 200 mil mortes, o México é o terceiro país do mundo com o maior número de vítimas da pandemia, atrás dos Estados Unidos e do Brasil.

*EFE

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