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México: Juiz absolve sócio de El Chapo ‘às pressas’ na madrugada

Héctor "El Güero" Palma Salazar é um dos fundadores do cartel de Sinaloa

Pleno.News - 03/05/2021 16h10 | atualizado em 03/05/2021 16h38

Héctor “El Güero” Palma Salazar é um dos fundadores do cartel de Sinaloa Foto: Reprodução

O presidente do México, Andrés Manuel López Obrador, questionou nesta segunda-feira (3) a decisão do juiz federal que, no sábado (1º), absolveu Héctor “El Güero”. Palma Salazar, ex-líder do Cartel de Sinaloa junto com Joaquín “El Chapo” Guzmán.

– Um procedimento que não é o mais adequado. Não se pode emitir uma ordem de libertação de um preso acusado de crime organizado na madrugada de sábado – declarou o presidente mexicano em sua entrevista coletiva matinal.

López Obrador se referia assim à decisão do Segundo Tribunal Distrital de Processos Penais Federais de Jalisco, estado do Oeste do México, que absolveu “El Güero” da acusação de crime organizado de forma repentina em pleno feriado do Dia do Trabalho.

O traficante, que esteve preso pela primeira vez no México em 1995, depois nos Estados Unidos de 2007 a 2016, e que agora está detido na prisão de Altiplano, é conhecido por ser um dos fundadores do Cartel de Sinaloa.

Por isso, o presidente mexicano destacou que no domingo conseguiram fazer com que o juiz desse o prazo de 48 horas, que expira amanhã (4), para que a Procuradoria Geral da República, o Ministério da Segurança e o Ministério de Relações Exteriores verifiquem se há mais denúncias ou processos de extradição.

– Não podemos dizer que esse senhor deve permanecer na prisão porque o juiz está ordenando que ele seja solto porque sua pena já terminou ou já foi absolvido. No entanto, é importante verificar, que nos informemos todos [de] que não há pendências – ressaltou.

A chancelaria mexicana informou no sábado que já havia consultado formalmente o governo dos Estados Unidos, por meio de sua embaixada no México, “se o Ministério da Justiça daquele país tem algum pedido de extradição contra a pessoa em questão”.

Nesse sentido, López Obrador argumentou que “o prestígio do Estado mexicano não pode ser exposto” com essas decisões judiciais, porque o governo do México “continua sob suspeita”.

– Devemos cuidar da imagem do Estado mexicano. Não é mais como antes, quando nos apontavam os dedos lá fora, acusando o governo mexicano de cumplicidade. Nenhum governo estrangeiro deveria acusar o governo mexicano e não dar razão para isso – frisou.

O presidente mexicano anunciou também que pedirá à secretária do Interior, Olga Sánchez Cordero, que apresente uma reforma para que os juízes não possam emitir essas decisões nos sábados e domingos.

Essas declarações são divulgadas em meio a críticas crescentes de López Obrador ao Judiciário mexicano, uma vez que o presidente já acusou juízes de resistirem ao seu projeto denominado “a quarta transformação” e de estar a serviço de interesses privados e estrangeiros.

*Com informações da agência EFE

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