México e Argentina só não produzirão vacina de Oxford para o Brasil
Presidente argentino, Alberto Fernández, anunciou que imunizante estará pronto para venda no primeiro semestre de 2021
Pleno.News - 12/08/2020 20h57

O México e a Argentina fecharam um acordo com a Universidade de Oxford para que seja produzida, nesses dois países, a vacina que a entidade vem desenvolvendo com o laboratório AstraZeneca contra o coronavírus, a ser distribuída para o restante da América Latina.
O Brasil estaria de fora dessa distribuição, porque, segundo o presidente argentino, Alberto Fernández, “o Brasil tem um acordo diferente com outro projeto de vacina”.
No Brasil, a vacina está sendo testada em voluntários e um acordo foi firmado entre a Fiocruz e a AstraZeneca para transferência de tecnologia e produção de 100 milhões de doses.
O anúncio foi feito no início da noite desta quarta-feira (12), na residência de Olivos.
– A dose custará entre 3 e 4 dólares e estará pronta para a venda a partir do primeiro semestre de 2021 – afirmou o mandatário.
– O fato de ser produzida em nosso território nos dará a vantagem de ter a vacina antes dos demais países. Porém será distribuída de maneira equitativa entre nossos vizinhos, dependendo da demanda dos governos – afirmou.
A vacina encontra-se na fase 3 de testes e estaria pronta até o fim do ano. Fernández fez o anúncio depois de reunir-se com o gerente-geral da AstraZeneca para o Cone Sul, Agustín Lamas.
– O motivo de terem escolhido a Argentina como um dos países foi terem encontrado aqui laboratórios e atitudes frente à pandemia que são positivos para essa produção – afirmou Fernández.
O mandatário também afirmou que a região precisará de cerca de 230 milhões de doses.
– Queremos que a Argentina não tenha que esperar e possa ter acesso o mais rápido possível. Para nós é uma grande alegria que nos tenham escolhido. Na Argentina, a AstraZeneca escolheu o laboratório mAbxience, que será o produtor do reativo da vacina. Trata-se de um grande reconhecimento da qualidade dos laboratórios argentinos. O México será o encarregado de realizar a embalagem e completar o processo de produção – disse.
Fernández revelou ainda que conversaria na noite desta quarta-feira (12), com o presidente mexicano, Andrés Manuel López Obrador, para afinar detalhes do empreendimento.
*Folhapress/Sylvia Colombo
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