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Médicos usam metaverso para fazer cirurgia pela primeira vez

Profissionais da saúde trabalharam em conjunto, embora estivessem separados por 900 km

Pleno.News - 06/05/2022 13h11 | atualizado em 06/05/2022 14h25

Sala de cirurgia [Imagem Ilustrativa] Foto: Pixabay
O metaverso está sendo aplicado à medicina em Portugal, quando um médico português e um espanhol realizaram uma cirurgia para o câncer de mama “inédita”. Os profissionais estavam separados por 900 quilômetros, se valendo da tecnologia de realidade aumentada e do sistema 5G.

Os protagonistas desse procedimento atuam na Fundação Champalimaud. O português Pedro Gouveia realizou uma operação nesta quinta-feira (6), enquanto utilizava óculos de realidade aumentada, que permitiram que o espanhol Rogelio Andrés-Luna acompanhasse o trabalho de Zaragoza.

– O que fizemos ontem foi uma primeira experiência em que um cirurgião que está distante, através da conexão 5G, internet e realidade aumentada, consegue ver o que outro cirurgião a distância está fazendo e vendo – explicou Gouveia.

O português detalhou que Andrés-Luna, atuando como supervisor, conseguiria incluir material audiovisual que era projetado nos óculos.

O cirurgião português, na sala de operações da Unidade da Mama da Fundação Champalimaud, fez a cirurgia com óculos de realidade mista Hololens 2, desenvolvidos pela Microsoft. O acessório permite ver de forma transparente o mundo real e, ao mesmo tempo, ter acesso a informações projetadas nas lentes.

Andrés-Luna, por sua vez, estava participando do Congresso da Associação Espanhola de Cirurgiões da Mama, organizado pela Faculdade de Medicina da Universidade de Zaragoza, com um notebook conectado aos óculos de Gouveia, através de uma rede privada 5G da Altice Portugal, associada da Movistar, na Espanha.

– Fazer uma transmissão direta de uma cirurgia de um ponto A para um ponto B por cabo é fácil, mas a distância é difícil, sobretudo, com as tecnologias existentes (4G), onde a latência (atraso ao receber imagem e som) é elevada. Com o 5G já é possível – explicou o português, que atua na Fundação Champalimaud, centro de referência internacional reconhecido pelas pesquisas em oncologia e neurociência.

Gouveia destacou, além disso, que a oportunidade que a tecnologia oferece permitirá acelerar a tomada de decisões em cirurgias que, em outras circunstâncias, eram atrasadas ao ter que esterilizar o material usado pelo médico. Ela ainda facilitará o acompanhamento de especialistas que colaborem ou supervisionem os procedimentos em diferentes locais.

*EFE

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