Mais de 1.100 mulheres foram mortas no Brasil em 2017
Ranking divulgado pela Cepal colocou El Salvador como país com maior incidência de feminicídios
Pleno.News - 16/11/2018 15h26

A Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal) divulgou que 40% dos casos de feminicídio na América Latina aconteceram no Brasil em 2017. De acordo com o órgão vinculado a ONU, dos 2.795 assassinatos contra na região, 1.133 ocorreram no Brasil.
Dos 23 países da América do Sul, El Salvador aparece em primeiro lugar no ranking com 10,2 ocorrências a cada 100 mil mulheres. Honduras, Guatemala e República Dominicana aparecem na sequência. Na Colômbia e no Chile, são contabilizados somente casos de feminicídio cometido por parceiros ou ex-parceiros, o chamado de feminicídio íntimo.
Além do feminicídio íntimo, também existem o sexual sistêmico, em que a vítima é sequestrada e estuprada; e o feminicídio lesbofóbico ou bifóbico, quando a vítima é bissexual ou lésbica e é assassinada como punição sua orientação sexual.
A gravidade da situação fez 18 países latino-americanos modificarem suas leis para que que haja agravamento da pena. No Brasil, a a lei 13.104, criada em 2015, classificou o feminicídio como crime hediondo. Para a Cepal, o maior desafio está na compreensão de todas as formas de violência contra as mulheres. Além questão sexual e de gênero, também estão inseridas as diferenças econômicas, etárias, raciais, culturais, de religião e de outros tipos.
Leia também1 Jovem é morta em casa e filha de 4 anos identifica assassino
2 Merkel discursa pelo fim do antissemitismo e do racismo
3 Fome aumenta pelo terceiro ano seguido na A. Latina