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Mãe que escondeu filha por 2 anos é condenada

Criança chegou a ficar no porta-malas e em um porão

Ana Luiza Menezes - 16/11/2018 19h16

Na França, uma mãe foi condenada após maus-tratos a uma criança Foto: Pixabay

Nesta sexta-feira (16), a Justiça da França a portuguesa Rosa Maria da Cruz a cinco anos de prisão, três deles isentos de cumprimento. Ela teve que responder perante o tribunal após ter escondido sua filha durante quase dois anos em um porta-malas e no porão de sua casa.

A condenação, da qual Rosa pode recorrer, põe por enquanto ponto final a um caso que comoveu a opinião pública francesa. O caso começou em 2013, quando a pequena Séréna, hoje com quase 7 anos, foi descoberta em meio a excrementos por mecânicos de Terrasson-Lavilledieu, no centro da França, quando tinha 1 ano e 11 meses.

A imigrante portuguesa, de 50 anos, tinha escondido sua filha de todos após ter dado à luz sozinha e de forma clandestina ao término de uma gravidez que ninguém percebeu, nem mesmo seu marido e pai da menina, o também português Domingos Sampaio Alves, que não foi acusado criminalmente.

Ela foi julgada por atos de violência causadores de mutilação ou incapacidade permanente a um menor de 15 anos. Sua filha está em uma casa de amparo e sofre com um autismo severo que só lhe permite emitir sons associados à falta de cuidados durante a primeira infância.

Depois de pronunciar o veredicto, o presidente do Tribunal explicou que a pena contemplou a situação da condenada, que tem outros três filhos de 9, 14 e 15 anos, dos quais cuidou corretamente.

– A Corte quis levar em conta seu percurso. Esta decisão seguramente vai decepcionar muitas partes – afirmou o presidente, segundo a emissora France Info.

Durante o midiático julgamento, a acusada afirmou que não sabe o que a levou a manter seu bebê vivo, que conseguiu sobreviver contra todos os prognósticos apesar da escassez de água e alimentos e do entorno pestilento do qual estava rodeada.

Alves, pai de Séréna e marido de Da Cruz, defendeu a esposa. Ele afirmou que ela é uma boa mãe, uma versão ratificada pela família da condenada.

– Ela não deveria ter feito isso, mas não fez para prejudicar a menina, senão, a teria matado. Ela ama a menina – comentou Alves.

*Com informações da Agência EFE

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