Macron escolhe François Bayrou para ser novo primeiro-ministro
Bayrou se tornará o quarto chefe de governo este ano
Pleno.News - 13/12/2024 09h43 | atualizado em 13/12/2024 12h36
O centrista François Bayrou, aliado de Emmanuel Macron desde sua chegada ao Palácio do Eliseu em 2017, foi nomeado nesta sexta-feira (13) novo primeiro-ministro da França pelo presidente, em uma tentativa de acabar com a crise política que afeta o país.
Bayrou, de 73 anos, se tornará o quarto chefe de governo este ano, substituindo o conservador Michel Barnier, nove dias após uma votação de desconfiança ter derrubado seu Executivo, o mais curto do país desde a Segunda Guerra Mundial.
O líder centrista foi recebido no início da manhã desta sexta no Palácio do Eliseu, onde teve uma reunião de quase duas horas com o presidente, antes de seu nome ser anunciado logo após o meio-dia.
Bayrou, um veterano da política francesa, terá a difícil tarefa de superar as divisões políticas na Assembleia Nacional, que está dividida entre a esquerda, que tem uma ligeira maioria, os macronistas e a direita.
Sua primeira tarefa será nomear um novo governo para preparar um orçamento para 2025, justamente o obstáculo que derrubou Barnier.
Com sua nomeação, Macron está apostando na ala mais à esquerda de sua aliança, na esperança de ganhar a indulgência dos socialistas.
Além disso, o veterano político centrista também conta com certo apoio da direita de Marine Le Pen, uma vez que compartilha seu desejo por um sistema eleitoral mais representativo.
O líder centrista foi ministro duas vezes, uma delas em um governo conservador na década de90, e três vezes candidato presidencial (2002, 2007 e 2012). Em 2017, desistiu da disputa pelo Eliseu em favor de Macron, em quem viu uma personificação de sua aspiração de acabar com as divisões entre esquerda e direita.
REAÇÕES
Sua nomeação como chefe de governo, a sexta de Macron em sete anos como presidente, foi recebida com frieza pelos diferentes partidos.
Enquanto o partido da esquerda radical A França Insubmissa (LFI) anunciou que apresentará imediatamente uma moção de censura, os ambientalistas também não parecem entusiasmados com a nomeação.
Os socialistas e comunistas, no entanto, não estão fechando a porta para um acordo legislativo, embora não estejam dispostos a se juntar ao Executivo.
Em relação ao Reagrupamento Nacional, seu presidente, Jordan Bardella, disse à imprensa que manterá “as mesmas linhas vermelhas” que teve com Barnier, a quem acabou derrubando em uma moção de censura no último dia 4. No entanto, Bardella disse que “não haverá nenhuma votação de desconfiança a priori” contra Bayrou, mas está esperando para vê-lo em ação.
*EFE
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