Paulo Moura - 20/10/2025 21h24 | atualizado em 21/10/2025 11h44

A princesa Isabel d’Orleans, bisneta de Dom Pedro II, foi a última pessoa a utilizar publicamente uma das joias levadas no roubo ao Museu do Louvre, em Paris, ocorrido neste domingo (19). A peça em questão é um colar de safiras que pertenceu à rainha Maria Amélia da França, esposa do rei Luís Filipe I. O historiador Paulo Garcez Marins, diretor do Museu do Ipiranga, falou sobre o simbolismo da peça.

– Esse item roubado passou entre os descendentes da família Orleans até chegar na condessa de Paris [Isabel d’Orleans] – relatou Marins.

O colar de safiras foi incorporado ao acervo do Louvre em 1985, após ser vendido por Henri d’Orleans, o conde de Paris, primo de Isabel. De acordo com o museu, a peça é composta por oito safiras de tamanhos variados e 31 diamantes, dispostos em correntes articuladas. A rainha Hortense, filha de Napoleão Bonaparte, foi a primeira dona da chamada “parure” de safiras, que passou por gerações até chegar aos Orleans.

À CNN Brasil, Marins destacou a conexão genealógica marcante entre a rainha Maria Amélia da França e o Brasil: François de Orleans, o príncipe de Joinville, filho da monarca, casou-se com a princesa Francisca de Bragança, irmã de Dom Pedro II.

– Essa relação revela a complexidade das interações entre a realeza europeia e a brasileira – resumiu o historiador.

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