“Lotado”, Everest registra 4 mortes em apenas 48 horas
'Engarrafamento' para subir o monte pode ter contribuído para as mortes
Gabriela Doria - 24/05/2019 20h48
O Nepal anunciou nesta sexta-feira (24) que quatro montanhistas morreram no monte Everest somente nas últimas 48 horas. Dois eram indianos, um austríaco e o outro nepalês. Ao todo, oito pessoas morreram na montanha desde o início da temporada.
As autoridades acreditam que a “superlotação” na trilha da montanha possa ter contribuído para os óbitos.
Duas das vítimas morreram enquanto desciam o monte. Um agente de viagens relatou os momentos antes da morte do indiano Nihal Bagwan, de 27 anos.
– Ele ficou bloqueado no engarrafamento durante mais de 12 horas e estava esgotado. Os guias trouxeram-no para o acampamento 4 e ele morreu no local – descreveu o funcionário.
Fotos recentes mostram uma grande fila na trilha que leva ao pico da montanha, que tem 8.848 metros de altura. Autoridades acreditam que o crescente número de turistas se deva ao aumento na concessão de licenças para escalar o monte. A redução do intervalo de tempo propício à escalada também leva a uma maior concentração de montanhistas em um curto período.
Tradicionalmente, o período mais favorável para escalar a montanha é entre o fim de abril e o mês de maio. Neste intervalo, o clima fica menos hostil.
Até esta quinta-feira (23), quase 550 alpinistas já tinha chegado ao topo do Everest nesta temporada.
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