Justiça de Israel multa rádio religiosa por excluir mulheres
Esta foi a 1ª ação coletiva sobre direitos civis e discriminação de gênero em Israel
Jade Nunes - 21/09/2018 11h24 | atualizado em 21/09/2018 15h03
A corte do distrito de Jerusalém condenou uma emissora de rádio ultraortodoxa ao pagamento de um multa de 238 mil euros (cerca de R$ 1.1 milhão) por excluir mulheres em suas transmissões, informou nesta sexta-feira (21) o Centro de Ação Religiosa de Israel (IRAC, na sigla em inglês).
– Esta decisão é uma base importante na batalha contra a discriminação e a exclusão das mulheres. Estabelece precedentes para o sério tratamento dos casos de exclusão e a compensação aos prejudicados – declarou a diretora-executiva do IRAC, Anat Hofman, em comunicado.
A sentença ditada ontem contra a emissora Kol BaRama corresponde à primeira ação coletiva sobre direitos civis e discriminação de gênero apresentada em Israel.
Kol BaRama não incluiu nenhuma voz de mulher durante seus dois primeiros anos de emissão, desde que foi criada em 2009, e diante desses fatos, o IRAC e o escritório de advogados Asaf Pink apresentaram uma denúncia em nome das organizações Kolech e do Fórum de Mulheres Religiosas.
– A proibição da Discriminação deveria ter uma interpretação mais ampla, e que a exclusão das mulheres no domínio público é ilegal e prejudica tanto a igualdade como a liberdade de expressão dessas mulheres – opinou a Suprema Corte.
A quantia em dinheiro, um milhão de shéqueles, será transferida a um fundo de ação conjunta para ser “distribuída em programas de empoderamento de mulheres religiosas”, anunciou o IRAC.
*Com informações da Agência EFE
Leia também1 Crise: Desemprego atinge 9,6% da população da Argentina
2 Meghan Markle, duquesa de Sussex, lança livro de receitas
3 Suposto líder do Comando Vermelho é preso no Paraguai