Judias protestam para orarem no Muro das Lamentações
Elas querem direitos igualitários entre homens e mulheres
Camille Dornelles - 14/06/2018 09h35 | atualizado em 14/06/2018 09h50
Em forma de protesto, um grupo de mulheres judias realizou uma cerimônia de oração em frente ao Muro das Lamentações, em Jerusalém, nesta quinta-feira (14). As mulheres da religião são proibidas de realizar orações no local da mesma maneira que os homens.
As judias se opõem ao monopólio da Fundação do Muro das Lamentações, grupo ultraortodoxo que administra o espaço religioso. Mulheres que também seguem essa vertente querem realizar as orações assim como os homens.
Nesta quinta, elas reforçam a reivindicação por igualdade que já se estende há 28 anos participando da ação em celebração ao início do mês (Rosh Rodesh). Em maio, a Fundação advertiu a um grupo feminino que não permitiria acesso ao local se não seguisse uma nova norma de rezar dentro de uma zona fechada para elas na seção feminina, algo que não ocorreu.
Depois de rezar por mais de uma hora, as integrantes do Mulheres do Muro saíram juntas e cantando salmos judaicos sob uma leve proteção das forças de segurança israelenses e a atenção dos jornalistas.
– A religião é consistente. A reforma está baseada na mudança, portanto, a reforma não é religiosa – dizia um cartaz do grupo ultraortodoxo.
Para a rabina Susan Silverman, que participou nas rezas de hoje, “o Rosh Kodesh é tradicionalmente uma comemoração de mulheres que tem um significado especial para nós, por isso viemos aqui rezar juntas, como fizemos durante muitos anos”.
– Desgraçadamente, o nosso encontro se tornou a parte do jogo político dos ultraortodoxos no governo – lamenta Silverman.
*Com informações da Agência EFE
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