Jornalista mexicano morre na fronteira dos EUA
Corpo foi encontrado seminu, ensanguentado e com múltiplos golpes
Ana Luiza Menezes - 30/05/2018 21h24 | atualizado em 30/05/2018 23h57

Um jornalista morreu após ter sido espancado próximo a fronteira dos Estados Unidos. O mexicano Héctor González Antonio estava no estado de Tamaulipas, no México, e trabalhava como correspondente do jornal Excélsior e outros meios de comunicação locais.
O corpo dele foi encontrado nesta terça-feira (29), na capital do estado que fica em uma das regiões mais violentas do país em função dos constantes confrontos entre traficantes de drogas.
Um amigo de Héctor, que trabalha como colaborador da agência AFP, disse que ele estava desaparecido a dois dias.
González deixou uma esposa e dois filhos. A notícia de sua morte gerou protestos de membros da imprensa, nesta quarta-feira (30), em várias partes do país.
No México, mais de 100 comunicadores já foram assassinados desde 2000. Neste ano, a morte de Héctor configura o sexto caso de jornalistas mortos no país. A jornalista Alicia Díaz González, de 52 anos, foi assassinada dentro de sua casa, no dia 24 de maio.
Em 2017, foram mortos pelo menos 11 jornalistas no país. A maior parte dos crimes permanece impune. A ONG Repórteres Sem Fronteiras considerou a Síria e o México como os países mais perigosos do mundo para o exercício do jornalismo.
Uma das últimas reportagens de Héctor, que tinha 42 anos, para o jornal Excélsior foi sobre o assassinato de seu colega Carlos Domínguez, executado no município de Nuevo Laredo em janeiro.
Ainda não foram revelados os autores nem o motivo do crime.
Leia também1 México confirma o assassinato de três líderes cristãos
2 Rapper mexicano confessa ter matado três estudantes