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Johnson & Johnson pagará R$ 90 milhões a homem com câncer

Homem contraiu câncer e atribui a doença ao uso do talco da marca por conter amianto

Pleno.News - 20/07/2023 14h43 | atualizado em 20/07/2023 17h19

Talco Johnson & Johnson Foto: Reprodução/Reprodução Print de vídeo YouTube CNBC Television

A gigante farmacêutica Johnson & Johnson foi condenada a pagar 18,8 milhões de dólares (aproximadamente R$ 90 milhões) a um morador da Califórnia, nos Estados Unidos, que alega que o talco produzido pela marca foi o causador de um câncer raro que ele enfrenta. A decisão do júri do tribunal estadual de Oakland saiu na última terça-feira (18), segundo o portal britânico Daily Mail.

Emory Hernandez Valadez, de 24 anos, sofre de um tipo raro de mesotelioma, um tumor do tecido que reveste os pulmões, o estômago, o coração e outros órgãos. Ele afirma que a forte exposição ao talco da Johnson & Johnson a longo prazo, desde a infância, foi o que ocasionou o desenvolvimento da doença, causada pela inalação de amianto tóxico.

O júri então decidiu que Valadez tinha direito a 18,8 milhões de dólares em danos devido às contas médicas pagas para o tratamento da doença, além dos danos pela dor e sofrimento causado.

No entanto, um pedido de falência da empresa que congelou litígios pode fazer com que leve anos até o pagamento acontecer; mas o juiz autorizou que o julgamento prosseguisse dada a doença terminal de Valadez, que faz com que ele tenha uma expectativa baixa de vida, conforme o Daily Mail.

O talco é um mineral extraído da terra, e a sua forma natural pode conter quantidades pequenas de amianto, uma fibra mineral natural que pode causar câncer se uma pessoa for exposta a ele de forma constante.

A Johnson & Johnson nega que seus produtos de talco sejam prejudiciais e sustenta que eles não contêm amianto cancerígeno. Em abril deste ano, a empresa disse que concordava em pagar 8,9 bilhões de dólares para resolver todos os processos vinculados aos seus produtos em base de talco, na expectativa de resolver as demandas de mais de 60 mil pessoas. Esse foi o primeiro julgamento sobre os produtos que a empresa enfrenta em quase dois anos.

*AE

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