Johnson & Johnson é intimada a explicar talco com amianto
Denúncias acusam empresa de saber sobre os riscos e omitir informação às autoridades
Gabriela Doria - 21/02/2019 17h26 | atualizado em 21/02/2019 18h03
O Departamento de Justiça dos Estados Unidos pediu explicações à Johnson & Johnson sobre os processos nos quais a empresa é acusada de vender talco com amianto. A substância tem efeitos nocivos para a saúde e pode provocar câncer.
No ano passado, 13 mil pessoas entraram com ações contra a empresa nos EUA por acreditarem que o produto causava câncer.
– A empresa está cooperando com esses requerimentos do governo e produzirá os documentos para respondê-lo – informou a Johnson & Johnson.
DENÚNCIAS
A credibilidade da multinacional foi gravemente abalada em dezembro de 2017, após a publicação de que a empresa sabia, há décadas, que o talco produzido por ela continha amianto, uma substância cancerígena, e não compartilhou a informação com os órgãos de regulação e o público. A Johnson & Johnson negou as acusações, mas sofreu forte queda na bolsa de valores.
As ações por “danos pessoais” que alegam que o talco da empresa causa câncer têm se somando às que exigem responsabilidade civil da empresa.
Em fevereiro de 2018, uma ação coletiva acusava a empresa e alguns de seus diretores de violar as leis ao não terem informado sobre a “contaminação de amianto nos pós que continham talco”, o que representou perda para os acionistas da Johnson & Johnson.
*Com informações da Agência EFE.
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