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Johnson anuncia fim da missão militar britânica no Afeganistão

Primeiro-ministro negou que a retirada signifique o fim do compromisso britânico com o Afeganistão

Pleno.News - 08/07/2021 10h37 | atualizado em 08/07/2021 11h24

Boris Johnson, primeiro-ministro britânico Foto: Divulgação/Governo do Reino Unido

O primeiro-ministro inglês, Boris Johnson, anunciou nesta quinta-feira (8) a retirada de todas as tropas britânicas do Afeganistão e o fim da missão militar do Reino Unido em solo afegão, após 20 anos de participação na missão da Otan.

Em declaração na Câmara dos Comuns, Johnson assegurou que “todas as tropas britânicas designadas para a missão da Otan no Afeganistão voltarão para casa” e acrescentou que, a partir de agora, a prioridade será “trabalhar com outros parceiros para preservar as realizações dos últimos 20 anos”.

– Espero que ninguém chegue à falsa conclusão de que isso significará o fim do compromisso britânico com o Afeganistão – disse o líder conservador em resposta aos temores de que a retirada das tropas estrangeiras daquele país levaria ao retorno do Talibã.

Johnson ainda relembrou os acontecimentos após o 11 de setembro.

– Na manhã seguinte ao 11 de setembro [data dos ataques terroristas ocorridos em 2001 contra as Torres Gêmeas em Nova York], poucos teriam previsto que não haveria mais ataques terroristas dessa magnitude organizados a partir do Afeganistão nos 20 anos seguintes – comentou Johnson.

O premiê britânico destacou que “essas conquistas foram obtidas pela intervenção militar liderada pelos Estados Unidos, graças ao esmagador apoio internacional, com tropas procedentes de dezenas de países” e considerou que o Reino Unido pode “se orgulhar” de “ter sido parte desses esforços desde o princípio”.

Nessas duas últimas décadas, segundo lembrou o chefe do Executivo de Londres, 150 mil membros das forças armadas britânicas serviram em solo afegão, principalmente na província de Helmand, que, desde 2006, tornou-se o foco da operação do país.

Johnson ressaltou que a intervenção, que custou a vida a 457 militares britânicos, terminou “empatada” perante o rápido avanço dos insurgentes talibãs, que recuperaram territórios nas zonas rurais do país, aproveitando a retirada de tropas estrangeiras.

Ao lembrar os ataques terroristas anteriores da organização terrorista Al Qaeda, Johnson declarou: “Hoje, felizmente, a situação é muito diferente”.

– Os campos de treinamento foram destruídos, o que restou da liderança da Al Qaeda não está mais no Afeganistão e não houve ataques terroristas contra alvos ocidentais organizados em solo afegão desde 2001 – frisou.

Além disso, Johnson lembrou que, no ano passado, os EUA decidiram retirar seus militares daquele país e, no último mês de abril, o presidente Joe Biden anunciou que as tropas americanas sairiam “no máximo até setembro”, enquanto a Otan destacou, no mês passado, que operações militares da aliança estavam “chegando ao fim”.

– Como resultado, todas as tropas britânicas designadas para a missão da Otan no Afeganistão agora voltarão para casa – disse Johnson, acrescentando que, “por razões óbvias”, nenhum detalhe específico seria divulgado sobre quando esse retorno aconteceria, embora ele tenha confirmado que “a maioria do pessoal britânico já partiu”.

*EFE

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