Joe Biden diz que pessoas trans são “feitas à imagem de Deus”
Presidente dos EUA anunciou série de medidas para comunidade LGBTQIA+ no Dia da Visibilidade Trans
Thamirys Andrade - 03/04/2022 15h09 | atualizado em 03/04/2022 21h34
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciou uma série de medidas para a comunidade trans na última quinta-feira (31), Dia Internacional da Visibilidade Trans. Na ocasião, o chefe de Estado disse que pessoas transexuais foram feitas “à imagem de Deus” e merecem “apoio”.
– Para todos que comemoram o Dia da Visibilidade Trans, quero que saibam que seu presidente vê você por quem você é: feito uma imagem de Deus e merecedor de dignidade, respeito e apoio. Sabemos que é difícil quando há quem não te veja, não te respeite – declarou ele em comunicado publicado nas redes sociais.
Biden citou medidas aprovadas em seu governo, como a criação do indicador “gênero X” nos passaportes. A mudança é voltada para pessoas não binárias, ou seja, que não se identificam com o sexo feminino ou masculino. Ela estará disponível a partir do dia 11 de abril.
Biden também se posicionou contra legislações estaduais que para ele são “projetos de ódio”. Entre as citadas está uma lei aprovada na Flórida, que veta orientação sexual e de gênero nas escolas primárias. O democrata também se opôs a leis que proíbem a participação de pessoas trans no esporte feminino.
– Esta administração está defendendo você contra todas essas leis odiosas. Estamos comprometidos em promover a igualdade de transgêneros na sala de aula, no campo de jogo, no trabalho, em nossas forças armadas e em nossos sistemas de habitação e saúde, em todos os lugares – acrescentou.
Biden ainda se direcionou aos pais de crianças trans, dizendo que “afirmar a identidade de seu filho é uma das coisas mais poderosas que você pode fazer para mantê-lo seguro e saudável”.
No passado, Joe Biden já se posicionou contrário a medidas para a comunidade LGBTQIA+. Quando era senador na década de 1990, votou a favor da proibição federal ao casamento homossexual. Ele também apoiou a proibição do uso de fundos federais nas escolas para promover a homosseuxalidade como “alternativa positiva de estilo de vida”. A partir de 2012, contudo, ele decidiu mudar de posicionamento, enquanto era vice-presidente de Barack Obama.
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