James Bond: Livros terão termos considerados preconceituosos removidos
Autor Ian Fleming, que morreu em 1964, teria deixado permissão
Pleno.News - 27/02/2023 15h41 | atualizado em 27/02/2023 16h48
Novas edições de livros do agente secreto James Bond, lançados originalmente entre 1951 e 1966, em especial Live and Let Die (1954) deverão ser publicadas com restrição a alguns termos e trechos, segundo informou uma reportagem do The Telegraph.
Segundo o jornal britânico, os livros terão o seguinte aviso: “Esse livro foi escrito em uma época em que termos e atitudes que podem ser consideradas ofensivas por leitores modernos eram comuns. Algumas atualizações foram feitas nesta edição, tentando se manter o mais próximo possível ao texto original e ao período em que se passa”.
Boa parte das alterações se trata de palavras consideradas pejorativas para se referir a negros, tendo sido alteradas para “homem negro” ou “pessoa negra”. Outros trechos foram reduzidos ou removidos.
Em um trecho em que James está em uma boate do Harlem, constava: “Bond podia ouvir o público grunhindo e ofegando como porcos no chiqueiro. Ele sentiu as próprias mãos segurando a toalha de mesa. Sua boca estava seca”. O trecho seria alterado para: “Bond podia sentir a tensão elétrica na sala”.
A editora dos livros de 007, Ian Fleming Publications, se manifestou sobre as alterações.
– Nós revisamos o texto e os livros originais de Bond e decidimos que seria a melhor ação a ser tomada guiando-se pela vontade de Ian. Nós fizemos mudanças em Live and Let Die que ele mesmo autorizou.
O autor morreu em 1964, mas teria deixado a permissão para alterações às versões vendidas nos Estados Unidos.
*AE
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