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Itamaraty procura por brasileiro que pediu ajuda no Afeganistão

Informação foi confirmada pelo embaixador do Brasil Olyntho Vieira

Pleno.News - 20/08/2021 17h40 | atualizado em 22/08/2021 18h53

Cabul, capital do Afeganistão, foi tomada por extremistas talibãs Foto: EFE/EPA/STRINGER

O Itamaraty tenta descobrir o paradeiro de um brasileiro que pediu assistência ao Consulado para sair do Afeganistão, que foi tomado pelo grupo extremista Talibã no último domingo (15).

A informação foi confirmada ao jornal Estado de S. Paulo por Olyntho Vieira, embaixador do Brasil responsável pelo Paquistão, Afeganistão e Tajiquistão. Segundo ele, o homem – que ele prefere não identificar por segurança – indicou que vivia temporariamente no país.

– Temos um caso que ainda não está claro. Um brasileiro que entrou em contato com o plantão consular, por mensagem de texto no telefone da embaixada. Mas não temos muita informação ainda. Estamos tentando saber mais.

– Houve uma troca de mensagens. Pedimos mais informações. Mas ele certamente está com dificuldade de comunicação. Conforme ele for dizendo mais coisas, vamos tentando saber mais e, se chegar a esse momento, pensamos em como vamos fazer para retirá-lo do país. Eu prefiro não dizer [o nome dele]. É melhor manter isso reservado – acrescentou.

O embaixador também contou sobre um segundo caso envolvendo brasileiros no Afeganistão e que foi resolvido com ajuda da Argentina, pois o Brasil não possui embaixada naquele país.

– Uma brasileira casada com um argentino que trabalhava numa ONG… já partiram, estão no Usbequistão. Houve uma movimentação diplomática, mas não sei dizer como eles saíram do Afeganistão. Os argentinos cuidaram de tudo – explicou.

Para o embaixador, o mais surpreendente foi a rapidez do avanço dos extremistas e a falta de resistência.

– O que surpreendeu realmente foi a rapidez com que tudo aconteceu, e o que levou a essa rapidez foi a ausência de resistência. Isso leva à pergunta: por que não houve resistência? Seria muito ingênuo dizer que as pessoas estavam todas cooptadas pelo movimento. Acho que não. Mas, por outro lado, talvez nunca estivessem totalmente convencidas da presença ocidental no país – declarou.

*Com informações da AE

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