Itália exige que concessionária de ponte demita responsáveis
O desabamento de um trecho do viaduto deixou 37 mortos em Gênova
Camille Dornelles - 15/08/2018 07h57 | atualizado em 15/08/2018 09h34
O governo da Itália exigiu, nesta quarta-feira (15), a demissão dos diretores da concessionária Autoestrade per l’Italia, responsável pela manutenção do viaduto de Gênova. O desabamento de um trecho da ponte caiu nesta terça (14) e causou a morte de pelo menos 39 pessoas.
O levantamento foi confirmado pelo ministro do Interior, Matteo Salvini, nesta quarta. Entre as vítimas estão três crianças, de 8, 12 e 13 anos. Há também 16 feridos, alguns em estado grave, segundo números da Proteção Civil.
O ministro de Infraestruturas, Danilo Toninelli, garantiu que o governo italiano “ativou todos os procedimentos para a possível revogação das concessões e a imposição de multas de até 150 milhões de euros”.
– Os diretores da Autostrade per l’Italia devem renunciar logo. Se eles não conseguiram administrar nossas rodovias, o estado fará isso – afirmou pelo Facebook.
Toninelli disse que “em um país civilizado não se pode morrer por uma ponte que desmorona” e reiterou que os culpados “desta injustificável tragédia devem ser punidos”.
– As empresas que administram nossas estradas embolsam os pedágios mais caros da Europa, enquanto pagam concessões a preços vergonhosos. Recebem bilhões, pagam uns poucos milhões de impostos e nem sequer realizam a manutenção necessária para pontes e estradas – reclamou.
O ministro italiano adiantou que o Fundo de Emergência da Proteção Civil será utilizado para restabelecer a área afetada.
*Com informações da Agência EFE
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