Pleno.News - 08/10/2025 08h39 | atualizado em 08/10/2025 12h28

A terceira rodada de negociações indiretas entre os negociadores de Israel e o grupo terrorista palestino Hamas começou nesta quarta-feira (8) na cidade de Sharm el-Sheikh, no Egito, para acertar a aplicação do plano de paz para Gaza do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, com um maior apoio dos mediadores.

Segundo informou à Agência EFE uma fonte de segurança egípcia, e conforme noticiou a emissora egípcia Al Qahera News, as delegações de alto nível de ambas as partes retomaram as negociações por volta das 11h (horário local, 5h de Brasília) em Sharm el-Sheikh, no Mar Vermelho, com a presença de altos representantes de Egito, Catar, Turquia e Estados Unidos.

Nas conversas desta quarta estarão envolvidos de forma direta os chefes dos serviços de Inteligência de Egito e Turquia, assim como o primeiro-ministro e chefe da diplomacia do Catar, Mohammed bin Abdulrahman, e uma equipe de negociação americana liderada pelo enviado especial do presidente republicano para o Oriente Médio, Steve Witkoff.

Nesta terça (7), o chefe de negociações do Hamas, Khalil al-Hayya, afirmou à Al Qahera News que o grupo terrorista está “pronto” para pôr fim à guerra na Faixa de Gaza, mas advertiu que a milícia precisa de “garantias” de que Israel encerrará completamente sua campanha militar.

Hayya, que saiu ileso junto a outros membros de sua equipe do bombardeio israelense de 9 de setembro em Doha, capital do Catar, reiterou que o grupo está preparado para “a retirada” de Israel do enclave e “a troca” de prisioneiros. Esta lista de prisioneiros a serem libertados já foi trocada, segundo o Hamas.

As negociações estão focadas nos mecanismos para alcançar o fim de dois anos de guerra, a retirada das forças israelenses da Faixa de Gaza e a libertação dos 48 reféns (vivos e mortos) em mãos do Hamas, em troca da libertação por parte de Israel de centenas de palestinos, segundo a proposta do presidente americano, Donald Trump.

A primeira fase do plano de Trump centra o diálogo iniciado esta semana no Egito e estipula a troca de reféns. A proposta do republicano também contempla a desmilitarização da Faixa de Gaza e a possibilidade de negociar no futuro um Estado palestino, algo descartado, no entanto, pelo primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu.

*EFE

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