Paulo Moura - 26/06/2025 07h52 | atualizado em 26/06/2025 10h45

A dor da perda de Juliana Marins, a brasileira que morreu após cair de uma trilha no Monte Rinjani, na Indonésia, ganhou contornos ainda mais comoventes na noite desta quarta-feira (25). Em uma publicação nas redes sociais, Mariana Marins, irmã da jovem, fez uma postagem emocionante, relembrando momentos da vida que construíram juntas e expondo o vazio deixado pela morte precoce de Juliana.

– Como vou ser velha sem você? Como terei 60 anos sem você do meu lado? Quem usará um gorro de Natal comigo em qualquer dia de dezembro? – escreveu Mariana em um dos trechos.

Mariana falou sobre a conexão única que mantinha com Juliana, a quem se referiu como “irmã gêmea, com cinco anos de diferença”. Ela relembrou também que foi quem ensinou a irmã mais nova a andar de bicicleta, tocar violão e até a gostar da banda 30 Seconds to Mars, só para que pudessem ir juntas ao show.

– Você sempre foi a maior parceira do mundo, mesmo sendo avoadinha de tudo, sempre acreditando que todas as coisas sempre iam dar certo. E o pior: elas sempre davam certo! – declarou.

Com muito humor e afeto, Mariana descreveu a personalidade leve, otimista e divertida de Juliana. O desabafo também falou sobre as dores futuras, especialmente pelo fato de que os filhos de Mariana não terão a chance de conviver com a tia.

– Seu relógio biológico bateu errado e você — semana sim, semana não — me pedia logo uma sobrinha. Você seria uma excelente tia. Seus sobrinhos vão saber tudo sobre você. Não se preocupe com isso. Mas eles não terão o privilégio de conviver com você. E isso tem acabado comigo – escreveu.

A mensagem termina com Mariana se perguntando como seguir em frente sem a presença física de Juliana.

– Vai ser muito difícil não te ter por perto, irmã. Vai ser muito difícil seguir sem você. A vida vai ser muito difícil sem você – finaliza.

SOBRE A MORTE DE JULIANA
Juliana Marins morreu dias após cair durante uma trilha no Monte Rinjani, na ilha de Lombok, na Indonésia. Após dias de buscas marcados por clima ruim, neblina e terreno instável, o corpo da brasileira foi localizado na terça-feira (24) e, finalmente, içado nesta quarta (25), após mais de sete horas de trabalho das equipes de resgate.

O caso gerou grande mobilização nas redes sociais, com críticas à lentidão das autoridades locais, além de comoção de brasileiros que acompanharam a angústia da família à distância.

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