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Inglaterra identifica mineral até então desconhecido no planeta

Batizado de Kernowite, o cristal verde foi encontrado em rocha extraída há 220 anos

Thamirys Andrade - 23/12/2020 17h10 | atualizado em 23/12/2020 18h30

A nova pedra preciosa vem da mina Wheal Gorland, ativa entre 1790 e 1909 Foto: Reprodução | Museu de História Natural de Londres

Uma descoberta surpreendeu cientistas na reta final do ano de 2020: a existência de um mineral até então desconhecido no planeta. Batizado de Kernowite, o cristal verde estava presente em uma rocha extraída há 220 anos na Cornualha, região litorânea no oeste da Inglaterra. Mas foi somente após ser analisada por um grupo liderado por Mike Rumsey, mineralogista do Museu de História Natural (NHM), que se descobriu que a rocha escondia uma composição química nunca antes vista.

– Considerando quantos geólogos, garimpeiros e coletores vasculharam a área ao longo dos séculos em busca de tesouros minerais, é incrível que em 2020 estejamos identificando um novo mineral – conta Rumsey.

Antes da descoberta da nova pedra preciosa, os mineralogistas acreditavam que a Kernowite era apenas uma variação de um mineral já conhecido, o Liroconito. Suas estruturas são parecidas, mas a Kernowite tem uma coloração esverdeada, como a esmeralda, por conter ferro, em vez de alumínio.

O liroconito azul é altamente valorizado ao redor do mundo Foto: Reprodução | Museu de História Natural de Londres

O nome Kernowite é uma homenagem a Kernow, palavra do idioma córnico da região da Cornualha. Considerada patrimônio mundial pela Unesco, a localidade é hoje conhecida internacionalmente pelas suas reservas minerais.

A rocha foi extraída da mina Wheal Gorland, que funcionou entre 1790 e 1909 e foi demolida posteriormente. Hoje, a mina é extinta e não há meios de retornar ao local. A descoberta só foi possível porque a rocha foi preservada no Museu.

– O que temos é um pouco como uma pequena cápsula do tempo. O fato de essa amostra ter sido preservada em um museu nos permitiu fazer esse tipo de pesquisa, porque nunca seríamos capazes de voltar e coletar mais – explica Rumsey.

A novidade científica já foi confirmada pela Associação Internacional de Mineralogia e será publicada na revista Mineralogical Magazine no próximo ano.

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