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Igrejas da Nicarágua se unem em oração pelo país

Nação enfrenta crise econômica, com desabastecimento e estradas bloqueadas. Mais de 80 pessoas morrerem em protestos e 997 ficaram feridas

Ana Luiza Menezes - 30/05/2018 17h15 | atualizado em 30/05/2018 17h37

A Nicarágua tem enfrentado momentos difíceis de crise econômica, com desabastecimentos e estradas bloqueadas. Manifestantes têm ido às ruas para pedir a saída do presidente Daniel Ortega.

Os protestos, que acontecem desde o dia 18 de abril, já causaram a morte de 85 pessoas e deixaram 997 feridos. O país tem ganhado visibilidade por causa dos violentos confrontos entre grupos de oposição e autoridades.

Nesta terça-feira (29), os conflitos na Nicarágua voltaram a ganhar destaque na imprensa internacional, incluindo no Brasil, em função da semelhança das reivindicações dos manifestantes de lá com os recentes protestos e bloqueios dos caminhoneiros brasileiros.

Ainda nesta terça, a ex-modelo e ativista Bianca Jagger foi destaque em jornais por ter acusado o presidente Ortega de dirigir uma “guerra suja” contra os estudantes e a população civil. Ela também é mundialmente conhecida por ser ex-mulher do cantor Mick Jagger, dos Rolling Stones. Nas redes sociais, Bianca mostrou apoio aos protestos e publicou uma foto com uma estudante da Nicarágua, chamando o atual governo de opressor.

Entre os mortos estão alguns estudantes universitários e do ensino secundário, um professor e um jornalista que levou um tiro na cabeça.

Diante dos fatos, a Igreja se posicionou para orar e pedir a Deus ajuda e mudança no quadro atual.

– A Igreja tem um papel muito importante através da intercessão, temos feito várias chamadas como dias de clamor pela nação – disse o pastor Pedro Pablo Rojas, das Assembleias de Deus na Nicarágua, ao site Mundo Cristiano.

Ele também pediu ajuda a cristãos de outros países.

– Temos uma grande instabilidade social, econômica e política, e gostaríamos de pedir ao mundo inteiro que ore pela Nicarágua – pediu o pastor.

Ele disse ainda que a igreja está atuante não apenas na oração, mas também na comunicação com o governo e com alguns setores do país.

O apoio de oração das igrejas também impressionou representantes da mídia.

Rebeca Osorno, apresentadora do programa de TV Nicarágua Al Día, falou sobre a atuação da Igreja cristã durante os protestos.

– Eles vieram aqui e oraram para que não houvesse saques – descreveu Rebeca durante uma de suas transmissões.

Na ocasião, um grupo começou a orar na rua, mesmo correndo risco em meio aos protestos.

Este mesmo programa permaneceu em uma campanha de jejum de 7 dias, que culminou em um dia de oração de 7 horas, enquanto as negociações continuavam na Nicarágua.

No país, igrejas de diversas denominações como Assembleia de Deus, Quadrangular, Adventista, entre outras, se uniram para realizar reuniões de oração.

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