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Hospital inglês é acusado de “encurtar” a vida de pacientes

Relatório indica que no estabelecimento havia "menosprezo pela vida humana"

Jade Nunes - 20/06/2018 13h52 | atualizado em 20/06/2018 14h10

Relatório indica que outros 200 pacientes também foram afetados por esta prática Foto: Pixabay

O Hospital Gosport War Memorial, situado no condado de Hampshire, no sul da Inglaterra, “encurtou a vida” de mais de 450 pacientes através de um “regime institucionalizado” de prescrição e administração irregular de opioides, segundo revelou nesta quarta-feira uma investigação independente.

O relatório indica que outros 200 pacientes também foram afetados por esta prática, que o hospital público desempenhou desde 1989 até 2000.

No Hospital Gosport War Memorial existia “menosprezo pela vida humana e uma cultura de encurtamento de vidas”, afirma o relatório, elaborado a partir do estudo de mais de um milhão de documentos desde 2014.

A investigação concluiu que houve “um regime institucionalizado de prescrição e administração de perigosas dose de combinações de remédios, que não estavam clinicamente justificadas, com pacientes e familiares sem capacidade para interagir com o pessoal sanitário”.

Através dos documentos examinados, os investigadores acharam evidências de “uso inadequado de opioides em 456 pacientes” e, se baseando em relatórios clínicos desaparecidos, apontaram que poderia haver até “outras 200 pessoas afetadas”.

Além disso, a polícia do condado de Hampshire, a Promotoria e as autoridades médicas “falharam e não atuaram corretamente para proteger os pacientes e seus parentes”, diz o documento.

O ex-bispo de Liverpool James Jones, que dirigiu a investigação, manifestou hoje que “não corresponde ao painel determinar nenhuma responsabilidade penal caso qualquer processo judicial futuro que determine culpados”, mas apontou a doutora Jane Barton como “responsável”.

Em 2010, o Conselho Geral Médico (GMC, por sua sigla em inglês) determinou que Barton, já aposentada, era “culpado de múltiplos casos de má conduta profissional relacionadas com a morte de 12 pacientes”.

Está previsto que tanto o ministro de Saúde, Jeremy Hunt, como a primeira-ministra, Theresa May, falem sobre o relatório no Parlamento britânico ainda nesta quarta-feira (20).

*Com informações da Agência EFE

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