Homens presos injustamente no Starbucks propõem acordo
Vistos como suspeitos por causa da cor da pele, eles devem ser indenizados pela marca
Ana Luiza Menezes - 02/05/2018 21h03 | atualizado em 03/05/2018 14h29
Após a prisão injusta de dois homens em uma loja do Starbucks na Filadélfia, Estados Unidos, houve acordo nesta quarta-feira (2) entre as vítimas e a prefeitura. Rashon Nelson e Donte Robinson decidiram não processar o município, que só pagará um dólar para cada um, porém investirá o valor de 200 mil dólares em um projeto social que ajuda crianças de escolas públicas.
– Estou satisfeito por ter resolvido processos potenciais contra a cidade dessa maneira produtiva. Em vez de gastar tempo, dinheiro e recursos em um julgamento, Rashon e Donte nos convidaram a colaborar com eles em uma tentativa de tirar algo de positivo de tudo isso – disse o prefeito da Filadélfia, Jim Kenney, em comunicado.
O incidente envolvendo os dois homens aconteceu em 12 de abril, quando um gerente do café chamou a polícia para denunciá-los, porque achou estranho que rapazes negros estivessem no local apenas sentados à mesa sem fazer nenhum pedido. Porém, os dois aguardavam a chegada de um amigo e por isso demoraram a consumir na loja. As pessoas brancas que estavam presentes ficaram indignadas com a ação e filmaram o momento da prisão, denunciando a suspeita baseada apenas na cor da pele dos dois.
Uma série de protestos e boicotes tomou conta do país nas ruas e redes sociais. O presidente do Starbucks, Kevin Johnson, teve que fazer um pronunciamento, pedindo desculpas publicamente pelo caso.
Um acordo financeiro está previsto com a rede Starbucks, porém o valor ainda não foi divulgado. Até o momento, o grupo apenas anunciou que mais de oito mil lojas dos Estados Unidos estarão fechadas no dia 29 de maio a fim de que cerca de 175 mil funcionários recebam treinamento contra discriminação e racismo.
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