Homem toma 26 doses de antídoto para sobreviver
Ele foi picado pela cabeça cortada de uma cascavel
Ana Luiza Menezes - 07/06/2018 18h29

No estado norte-americano do Texas, um homem precisou de 26 doses de antídoto de veneno de cobra após ter sido picado por uma cascavel.
O homem, chamado Jeremy Sutcliffe, de 40 anos, tinha decapitado o animal, mas não sabia da possibilidade de um reflexo da cabeça da víbora mesmo após a morte.
A esposa dele, identificada como Jennifer Sutcliffe, contou à emissora local KIII-TV como o incidente aconteceu.
Jeremy estava trabalhando no jardim quando viu a cobra, que tinha 1,25 m, e cortou sua cabeça. Ao pegar os restos do animal para jogar fora, foi picado pela cabeça da cobra.
Imediatamente, ele começou a ter convulsões. Especialistas explicam que o reflexo de mordida de uma cobra pode ser desencadeado até várias horas após a sua morte.
Sutcliffe foi levado a um hospital e recebeu o antídoto CroFab.
No hospital, Jennifer foi informada que seu esposo teve choque séptico e hemorragia interna. Jeremy ficou na condição de coma induzido.
– Seus órgãos começaram a parar. Nas primeiras 24h os médicos me procuraram três vezes para dizer que não sabiam se ele sobreviveria. Como sou enfermeira, eu entendia o que eles estavam falando e foi assustador. Mas continuei falando com ele, mesmo enquanto ele estava em coma, dizendo que ele lutasse – relatou a esposa.
Mais de uma semana após o incidente, o homem está em condição estável, e fora do coma, mas com a função renal enfraquecida.
O veneno da cascavel, conhecida pelo seu chocalho na extremidade, destrói células do sangue das vítimas, causa necroses, lesões musculares e afeta os sistemas nervoso e renal.
Leslie Boyer, médica especializada em antídotos do Instituto de Víboras da Universidade do Arizona, alertou sobre os perigos de tentar matar cobras cortando-as.
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