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Homem é inocentado de estupro e assassinato após 37 anos preso

"Agora vou tentar continuar com minha vida", declarou Robert DuBoise

Rafael Ramos - 16/09/2020 10h50 | atualizado em 16/09/2020 14h07

Robert DuBoise foi solto após ser preso por um crime que não cometeu Foto: Reprodução

O americano Robert DuBoise passou 37 anos atrás da grade por um crime que não cometeu. Ele foi acusado em 1983 pelo assassinato da jovem Barbara Grams, de 19 anos, que foi estuprada e espancada quando voltava do trabalho.

– Eu estava esperando por este dia. Agora vou tentar continuar com minha vida – declarou DuBoise após a sentença.

A Justiça comprovou que a prisão foi um equívoco através de um exame de DNA. Na época, a marca de mordida no corpo da vítima foi usada como prova do crime, mas mostrou-se não ser confiável. A técnica usada pela polícia de usar cera de abelha para retirar uma amostra da arcada dentária foi descartada pelos peritos.

A liberação de Robert DuBoise foi conseguida através do trabalho em conjunto dos promotores de Justiça e dos integrantes da organização The Inocent Project (Projeto Inocência, em português). A organização trabalha defendendo gratuitamente pessoas presas por engano e atuam no caso de DuBoise desde 2018.

A princípio, acreditava-se que as provas haviam sido destruídas em 1990, mas a advogada responsável pelo caso, Teresa Hall, descobriu que amostras antigas de DNA colhidas na época estavam armazenadas no Instituto Médico Legal do condado de Hillsborough. A descoberta foi crucial para provar a inocência do acusado.

Preso aos 18 anos, o americano nunca usou um computador ou celular. Ele deixou a cadeia no final de agosto, mas a audiência só concluiu o caso no início desta semana. Na saída da prisão, DuBoise foi recebido pela mãe e pela irmã. Com sua inocência provada, o assassinato de Barbara Grams voltou para a lista de casos não resolvidos, mas a Justiça já tem provas de que dois homens teriam participado do crime.

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