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Uruguai descarta possibilidade de confinar a população

"Governo não vai estabelecer uma quarentena obrigatória", disse o presidente Luis Lacalle Pou

Pleno.News - 29/03/2021 17h24 | atualizado em 29/03/2021 17h27

Plaza Independencia, Montevideo Foto: Reprodução/ Visit Uruguay/ Yann S

Nesta segunda-feira (29), o governo do Uruguai descartou a possibilidade de confinar a população apesar do crescimento do contágio pelo coronavírus. A confirmação foi feita pelo presidente do país, Luis Lacalle Pou, após ter recebido a primeira dose da vacina chinesa contra a Covid-19, CoronaVac, em um hospital de Montevidéu.

– O governo não vai estabelecer uma quarentena obrigatória porque não acredita em um estado policialesco, porque não acredita que medidas imediatas de segurança devam ser aplicadas – disse Lacalle Pou.

Ele deu declarações aos repórteres que o esperavam do lado de fora do Hospital Maciel, no centro histórico da capital uruguaia.

Em meio a uma grande expectativa, o presidente foi ao centro de saúde pouco antes das 9h30 (local e de Brasília), que foi o local definido em agendamento feito pelo Ministério da Saúde Pública (MSP) e através do qual toda a população marca o dia de ser inoculado.

Presidente do Uruguai, Luis Lacalle Pou Foto: EFE/Raúl Martínez

Na sua chegada, o chefe de Governo ouviu reivindicações dos trabalhadores hospitalares, que lhe entregaram uma carta com pedidos, e foi recebido com um cartaz que dizia: “Sr. Presidente: a saúde está insalubre”. Por outro lado, ele também tirou fotos com algumas pessoas que lhe pediram e foi presenteado com uma flor por uma mulher.

– O governo tem que avaliar o que do cotidiano dos indivíduos pode ser cortado ou, se cortado, gerar efeitos sobre a pandemia. Cuidamos da saúde, mas se, além disso, existirem algumas medidas que puderem ser tomadas sem prejudicar a saúde e que permitam que a economia dos uruguaios continue andando, que sejam colocadas em práticas – disse Lacalle Pou diante da insistência de especialistas em restringir os deslocamentos no país.

Desde o começo da pandemia, o governo uruguaio vem apelando para a “liberdade responsável” da população.

– O que os uruguaios têm que fazer, com todo o respeito pelos diálogos sociais, é absolutamente claro – frisou.

Lacalle Pou admitiu que o momento vivido pelo Uruguai em relação à pandemia é difícil porque os altos números registrados no país estão pressionando as unidades de terapia intensiva.

Segundo o monitor desenvolvido pelo MSP, 547.366 pessoas receberam a primeira dose da vacina depois de terem passado por um dos 10.976 postos de vacinação instalados no país.

Desde 13 de março de 2020, quando uma emergência sanitária foi declarada no Uruguai devido à detecção das primeiras infecções pelo vírus SARS-CoV-2, o país acumulou 97.406 casos, dos quais 18.924 estão ativos, e teve 915 mortes por Covid-19.

*Com informações da Agência EFE

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