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Governador de NY assediou 11 mulheres, aponta investigação

Andrew Cuomo nega as acusações

Pleno.News - 03/08/2021 17h32 | atualizado em 03/08/2021 18h09

Governador de Nova Iorque, Andrew Cuomo Foto: EFE/EPA/Seth Wenig

Nesta terça-feira (3), o governador de Nova Iorque, Andrew Cuomo, negou contundentemente as conclusões divulgadas pela Procuradoria-Geral do estado, em um relatório que aponta que o político assediou sexualmente várias mulheres, a maioria funcionárias e ex-funcionárias do governo, entre 2013 e 2020.

– Quero que saibam diretamente de mim que nunca toquei em nenhuma mulher de maneira inapropriada nem me insinuei sexualmente – comentou o governador.

Cuomo se pronunciou em mensagem televisionada duas horas após a divulgação dos resultados da investigação. O relatório provocou uma onda de pedidos para que ele renuncie ao cargo.

– Tenho 63 anos. Vivi a minha vida inteira publicamente. Este não sou eu, nunca fui eu – acrescentou o governador.

Desde março, quando foram reveladas as primeiras acusações, Cuomo nega todas repetidamente.

Após cinco meses de investigações sobre várias alegações de assédio, nas quais 179 pessoas foram entrevistadas e 74 mil provas foram coletadas, entre documentos, e-mails, mensagens e fotos que “revelam uma imagem perturbadora, mas clara”, a procuradora-geral de Nova Iorque, Letitia James, divulgou um relatório sobre o caso.

De acordo com o documento, o governador infringiu “leis estaduais e federais ao assediar sexualmente múltiplas mulheres, muitas delas jovens, com toques, beijos, abraços e comentários inapropriados que não foram desejados”, segundo explicou a procuradora.

Cuomo, entretanto, afirmou nesta terça-feira que seu advogado respondeu a todas as acusações em um documento que ele disse estar disponível em seu site, para que o público analise, e frisou que “os fatos são muito diferentes do que foi retratado”.

Ao se defender, o governador mencionou a acusação de Charlotte Bennett, uma jovem ex-assistente que trabalhou no escritório dele até novembro do ano passado e que, em fevereiro do mesmo ano, denunciou que Cuomo lhe fez várias perguntas incômodas sobre sua vida pessoal, inclusive uma sobre o fato de ela ter sido vítima de um assédio sexual antes.

Segundo o político, essas conversas com Bennett ocorreram porque ele se sentiu “muito identificado” com a situação, já que uma pessoa de sua família foi vítima de agressão sexual na adolescência.

– Pensei que tinha aprendido muito sobre esse assunto pela minha experiência familiar e acreditei que podia ajudá-la a atravessar este momento difícil – explicou o governador.

Cuomo argumentou também que “um julgamento na imprensa não é a forma de estabelecer os fatos sobre este assunto” e defendeu “a oportunidade de uma revisão completa e justa com um juiz e um júri”.

O relatório, de 169 páginas, conta com 11 denunciantes cujas alegações são descritas detalhadamente (nove delas são funcionárias ou ex-funcionárias do governo estadual), e “todas consideraram perturbador, humilhante incômodo e inapropriado o comportamento do governador”.

*EFE

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