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Ex-presidente da Bolívia fala em “resistir” a abusos do governo

"A causa é maior do que minha dor", disse Jeanine Áñez

Pleno.News - 14/04/2021 09h35 | atualizado em 14/04/2021 09h49

Ex-presidente da Bolívia, Jeanine Áñez Foto: EFE/Rodrigo Sura

A ex-presidente interina da Bolívia Jeanine Áñez declarou nesta terça-feira (13) que continuará resistindo ao que ela considera abusos do governo do atual chefe de Estado, Luis Arce, que ela criticou por, em sua visão, priorizar questões políticas em detrimento de outros temas, incluindo a vacinação contra a Covid-19.

A ex-mandatária se referiu a essas questões em uma carta lida por sua filha, Carolina Ribera, em um comício em La Paz, no aniversário de um mês de sua detenção.

Áñez foi presa dentro das investigações sobre a crise de 2019 que, para o partido governista Movimento ao Socialismo (MAS), foi um golpe de Estado contra o então presidente Evo Morales.

– Neste mês aprendi algo. Vou resistir porque a causa é maior do que minha dor e vou resistir porque não estou sozinha. Muitas pessoas dentro e fora da Bolívia entenderam que não se trata de Jeanine Áñez, trata-se de liberdade, democracia e Bolívia – pronunciou-se a política na carta.

Áñez afirmou que esteve presa e nas mãos da ditadura durante um mês por um crime que não cometeu.

– O atual governo demonstrou ser muito bom na perseguição e muito ruim na vacinação contra o vírus. E demonstrou um talento para o abuso e uma incapacidade de criar empregos – criticou.

A ex-presidente interina agradeceu pelo apoio recebido e desejou boa saúde a toda a população, incluindo aqueles que ela chamou de seus carcereiros, referindo-se ao MAS.

– O abuso dói, a injustiça dói – queixou-se Áñez.

Depois de uma série de discursos de ativistas políticos e detratores do partido governista, as centenas de pessoas que participaram da mobilização marcharam até a prisão feminina onde Áñez está sendo mantida. Ela foi detida em 13 de março, na região de Beni, onde foi criada, e depois foi levada para La Paz em um avião militar sob forte guarda policial, junto com seus ex-ministros Álvaro Coimbra e Rodrigo Guzmán, que também estão atrás das grades.

Os três são acusados de sedição e terrorismo durante a crise de 2019, após as eleições fracassadas que levaram à renúncia de Evo Morales, o que o atual governo considera um “golpe” e, para a oposição, foi o resultado de uma fraude eleitoral em favor do então governante.

A família da ex-presidente pediu sua transferência para uma clínica por causa de seus problemas de hipertensão, o que foi aprovado pela justiça, mas ainda não aconteceu. Áñez foi levada de uma prisão no sul de La Paz para outra no bairro de Miraflores, onde a marcha chegou hoje, alegando que sua saúde poderia ser melhor monitorada nesse espaço.

*EFE

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