EUA: 3 pessoas morrem após manifestações de radicais
Supremacistas brancos e antifascistas entraram em confronto em Charlottesville, na Virgínia
Gabriela Doria - 12/08/2017 17h36 | atualizado em 14/08/2017 11h42
Pelo menos três pessoas morreram e outras 19 ficaram feridas após os confrontos entre supremacistas brancos e antifascistas, na cidade Charlottesville, na Virgínia. O prefeito Mike Singer declarou estado de emergência neste sábado. Durante coletiva de imprensa, Donald Trump disse que condena fortemente os atos de ódio e que a divisão precisa parar.

Os confrontos começaram após um protesto de supremacistas brancos, nesta sexta-feira (11). Carregando tochas, eles gritavam palavras de ordem contra negros, judeus, imigrantes e homossexuais. O grupo também queria impedir a retirada da estátua do general confederado Robert E. Lee da praça da cidade. O militar é um ícone da ultra-direita americana.
A violência, entretanto, ocorreu no protesto deste sábado. Neonazistas e grupos antifascistas se enfrentaram nas ruas de Charlottesville. Após a polícia dispersar a multidão, um carro surgiu e atropelou várias pessoas que eram contra os protestos. De acordo com a Efe, mais de mil agentes tinham sido deslocados para a cidade. Em comunicado, o prefeito Singer pediu que as pessoas ficassem longe das manifestações.
O protesto de sexta (11) teve palavras de ordem como “vocês não vão nos substituir”, com relação aos imigrantes, “vidas brancas importam”, em oposição ao movimento antirracista Black Lives Matter e “Morte aos antifas”, como são chamados os antifascistas.
Charlottesville é uma pequena cidade de 50 mil habitantes, no estado da Virgínia, no sudeste do país. É conhecida também por ser a sede da Universidade da Virgínia.