Leia também:
X Maduro quer que Deus repare relação entre EUA e Venezuela

EUA não irão suspender operação do Boeing 737 MAX 8

Administração Federal de Aviação afirma que não tem motivos oficiais para decretar a medida

Jade Nunes - 13/03/2019 08h57 | atualizado em 13/03/2019 10h12

Boeing 737 MAX 8 da American Airlines Foto: EFE/Justin Lane

A Administração Federal de Aviação dos Estados Unidos (FAA, em inglês) afirmou nesta terça-feira (12) que sua revisão “não proporciona nenhuma base” para ordenar a suspensão das operações do avião Boeing 737 MAX 8.

A aeronave já foi retirada de funcionamento pela Europa e empresas de vários países, inclusive a Gol, após o acidente ocorrido na Etiópia, que deixou 157 mortos.

– Até agora, nossa revisão não mostra problemas sistêmicos de rendimento e não proporciona nenhuma base para ordenar a colocação em terra do avião – declarou em comunicado a FAA, que está vinculada ao Departamento de Transporte dos EUA.

A FAA, que tem uma equipe conjunta com a Junta Nacional de Segurança no Transporte (NTSB, em inglês) na área do acidente ocorrido no domingo na Etiópia, assegurou que autoridades civis de outros países também não lhes proporcionaram “dados que justifiquem a ação”.

– No curso da nossa revisão urgente dos dados do acidente do voo 203 da Ethiopian Airlines, se for identificado algum problema que afete a aeronavegabilidade contínua do avião, a FAA tomará medidas imediatas e apropriadas – acrescentou o comunicado.

Nesta terça-feira, depois que China, Indonésia e outros países vetaram este modelo de Boeing, a Agência Europeia de Segurança Aérea (EASA) anunciou que, como “medida preventiva” e para “assegurar a segurança de todos os passageiros”, também proibia a operação de todas as aeronaves 737 MAX 8 – e seu irmão, o MAX 9 – no seu espaço aéreo.

Ontem, a Gol já havia informado em comunicado que deixará de voar com as sete aeronaves tipo 737 MAX 8 que utilizava, principalmente em rotas para os Estados Unidos, Caribe e outros pontos da América do Sul.

A Boeing insistiu na segurança da sua gama de aviões 737 MAX 8 e entrou em contato com a autoridade americana de aviação para argumentar que “não há razões para emitir novas diretrizes aos operadores”.

A fabricante sofreu um severo castigo nas últimas duas jornadas da bolsa de Nova Iorque, nunca visto em dez anos: na segunda-feira, perdeu quase 13 bilhões de dólares (R$ 49 bilhões) e nesta terça, com um retrocesso de 6,15%, viu desaparecer um capital de cerca de 14 bilhões de dólares (R$ 23 bilhões) – 27 bilhões de dólares (R$ 102 bilhões) em apenas 48 horas.

Por sua vez, a porta-voz da Casa Branca, Judd Deere, disse à Agência Efe que o presidente Donald Trump falou com o diretor-executivo da Boeing, Dennis Muilenburg, e confirmou que segue monitorando a situação.

Trump fez uma defesa no Twitter por aviões “mais simples” que não requeiram “Albert Einstein” como piloto.

Em outubro do ano passado, outro Boeing 737 MAX 8, da companhia indonésia de baixo custo Lion Air, caiu no mar de Java matando 189 pessoas e, nessa ocasião, a caixa-preta revelou erros no sistema automático da aeronave.

*Com informações da Agência EFE

Leia também1 Maduro quer que Deus repare relação entre EUA e Venezuela
2 Guaidó lidera novos protestos contra blecaute na Venezuela
3 Parlamento britânico rejeita novo acordo do Brexit

Siga-nos nas nossas redes!
WhatsApp
Entre e receba as notícias do dia
Entrar no Canal
Telegram Entre e receba as notícias do dia Entrar no Grupo
O autor da mensagem, e não o Pleno.News, é o responsável pelo comentário.